Caríssimos leitores, meu receio, que prescrevi em 23 de outubro, parece ganhar contornos... O mero comentar, ainda tímido, da possibilidade de uma segunda reeleição, vem provocado sorrisos aos corações totalitários e lamúrias de indignação aos mais democráticos. Ao que parece o surto Chavista é altamente contagioso e tendente a epidemia... Pobre democracia, de saúde frágil, que já nasceu doente e combalida pela história e que à todo momento tem que afirmar sua existência e conviver com o odor aproximado de sua morte. Fui contemplado com uma carta à mim enviada, vinda da Inglaterra, onde ela, a democracia, exila-se desde 2002, data em que pediu asilo político, pois só por lá pode ser vista longe de perseguições, carta esta que repasso aos meus leitores:
Querido Brasil!!!
“Estou muito doente e saudosa desse meu povo, que de mim muito precisa, embora de mim não saibam o que fazer. Mandaram-me para cá, pois disseram-me que só os ingleses poderiam ver-me. Porém daqui pouco posso fazer, pois de mim tudo escondem, e as notícias que à mim chegam são sempre no sentido de mais me entristecer e aos poucos me torturar. Percebo que por aí não mais me querem e à todo momento planejam uma forma de dar-me o mesmo fim trágico que deram à minha irmã na Venezuela. Estou muito deprimida, pois sinto-me sem uso por aqui, já que minha irmã inglesa é muito querida e a consideram indispensável, insubstituível. Sonhei nesta noite (alguns dias atrás), que meu povo gritava por meu nome nas ruas pedindo minha volta, estávamos em 2010. Mas logo acordei e percebi, que tudo não passava de um sonho, pois sei que não mais me querem, o povo não sabe o valor que tenho e o que represento... Tive o mesmo sonho em 2003 e em 2006 o sonho não se materializou... Espero que esse surto que anda pela América Latina não se transforme em uma epidemia, pois estou muito fraca e isso me mataria, mas se um dia voltarem a por aí me querer, que me gritem, pois não hesitarei!!!
Ass: democracia”
Querido Brasil!!!
“Estou muito doente e saudosa desse meu povo, que de mim muito precisa, embora de mim não saibam o que fazer. Mandaram-me para cá, pois disseram-me que só os ingleses poderiam ver-me. Porém daqui pouco posso fazer, pois de mim tudo escondem, e as notícias que à mim chegam são sempre no sentido de mais me entristecer e aos poucos me torturar. Percebo que por aí não mais me querem e à todo momento planejam uma forma de dar-me o mesmo fim trágico que deram à minha irmã na Venezuela. Estou muito deprimida, pois sinto-me sem uso por aqui, já que minha irmã inglesa é muito querida e a consideram indispensável, insubstituível. Sonhei nesta noite (alguns dias atrás), que meu povo gritava por meu nome nas ruas pedindo minha volta, estávamos em 2010. Mas logo acordei e percebi, que tudo não passava de um sonho, pois sei que não mais me querem, o povo não sabe o valor que tenho e o que represento... Tive o mesmo sonho em 2003 e em 2006 o sonho não se materializou... Espero que esse surto que anda pela América Latina não se transforme em uma epidemia, pois estou muito fraca e isso me mataria, mas se um dia voltarem a por aí me querer, que me gritem, pois não hesitarei!!!
Ass: democracia”