26 fevereiro, 2009

A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA DE JARBAS VASCONCELOS SOB COMENTO.

Proponho como verdadeiro "serviço de utilidade pública" a oportunidade da leitura do monstro em que se transformou este país.
À bem da verdade, este que vos fala, sob o nome fantasia de mosaico de lama, trouxe à colação neste espaço, através de seus posts, cada linha e entrelinha da representatividade desta vergonha em seu sentido mais puro, despido de qualquer fraqueza de originária parcialidade político-partidária, que faria por certo fulminar as premissas por mim traçadas e conseqüentemente minhas conclusões, concedendo o direito da dúvida quanto a minha veracidade.
Neste momento faço asseverar a imperiosidade de se fazer uma leitura do que classificaria como compêndio de uma orgia pública, de alguém que se poderia taxar como parcial, pois entre os porcos porco é, mas que absorvido pelo espírito da moralidade veio a prestar um depoimento senão esclarecedor, ao menos de efeito confirmatório de que um dos caminhos das trevas hoje passa pelo Brasil...
Confira a sua íntegra e após volto comentando:
O que representa para a política brasileira a eleição de José Sarney para a presidência do Senado?
É um completo retrocesso. A eleição de Sarney foi um processo tortuoso e constrangedor. Havia um candidato, Tião Viana, que, embora petista, estava comprometido em recuperar a imagem do Senado. De repente, Sarney apareceu como candidato, sem nenhum compromisso ético, sem nenhuma preocupação com o Senado, e se elegeu. A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador.
Mas ele foi eleito pela maioria dos senadores. Claro, e isso reflete o que pensa a maioria dos colegas de Parlamento. Para mim, não tem nenhum valor se Sarney vai melhorar a gráfica, se vai melhorar os gabinetes, se vai dar aumento aos funcionários. O que importa é que ele não vai mudar a estrutura política nem contribuir para reconstruir uma imagem positiva da Casa. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão.
Como o senhor avalia sua atuação no Senado?
Às vezes eu me pergunto o que vim fazer aqui. Cheguei em 2007 pensando em dar uma contribuição modesta, mas positiva – e imediatamente me frustrei. Logo no início do mandato, já estourou o escândalo do Renan (Calheiros, ex-presidente do Congresso que usou um lobista para pagar pensão a uma filha). Eu me coloquei na linha de frente pelo seu afastamento porque não concordava com a maneira como ele utilizava o cargo de presidente para se defender das acusações. Desde então, não posso fazer nada, porque sou um dissidente no meu partido. O nível dos debates aqui é inversamente proporcional à preocupação com benesses. É frustrante.
O senador Renan Calheiros acaba de assumir a liderança do PMDB... Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido. Renan é o maior beneficiário desse quadro político de mediocridade em que os escândalos não incomodam mais e acabam se incorporando à paisagem.
O senhor é um dos fundadores do PMDB. Em que o atual partido se parece com aquele criado na oposição ao regime militar?
Em nada. Eu entrei no MDB para combater a ditadura, o partido era o conduto de todo o inconformismo nacional. Quando surgiu o pluripartidarismo, o MDB foi perdendo sua grandeza. Hoje, o PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos.
Para que o PMDB quer cargos?
Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção.
Quando o partido se transformou nessa máquina clientelista?
De 1994 para cá, o partido resolveu adotar a estratégia pragmática de usufruir dos governos sem vencer eleição. Daqui a dois anos o PMDB será ocupante do Palácio do Planalto, com José Serra ou com Dilma Rousseff. Não terá aquele gabinete presidencial pomposo no 3º andar, mas terá vários gabinetes ao lado.
Por que o senhor continua no PMDB?
Se eu sair daqui irei para onde? É melhor ficar como dissidente, lutando por uma reforma política para fazer um partido novo, ao lado das poucas pessoas sérias que ainda existem hoje na política.
Lula ajudou a fortalecer o PMDB. É de esperar uma retribuição do partido, apoiando a candidatura de Dilma?
Não há condições para isso. O PMDB vai se dividir. A parte majoritária ficará com o governo, já que está mamando e não é possível agora uma traição total. E uma parte minoritária, mas significativa, irá para a candidatura de Serra. O partido se tornará livre para ser governo ao lado do candidato vencedor.
O senhor sempre foi elogiado por Lula. Foi o primeiro político a visitá-lo quando deixou a prisão, chegou a ser cotado para vice em sua chapa. O que o levou a se tornar um dos maiores opositores a seu governo no Congresso?
Quando Lula foi eleito em 2002, eu vim a Brasília para defender que o PMDB apoiasse o governo, mas sem cargos nem benesses. Era essencial o apoio a Lula, pois ele havia se comprometido com a sociedade a promover reformas e governar com ética. Com o desenrolar do primeiro mandato, diante dos sucessivos escândalos, percebi que Lula não tinha nenhum compromisso com reformas ou com ética. Também não fez reforma tributária, não completou a reforma da Previdência nem a reforma trabalhista. Então eu acho que já foram seis anos perdidos. O mundo passou por uma fase áurea, de bonança, de desenvolvimento, e Lula não conseguiu tirar proveito disso.
A favor do governo Lula há o fato de o país ter voltado a crescer e os indicadores sociais terem melhorado. O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. O país não tem infraestrutura, as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estão estrangulados, o setor elétrico vem se arrastando. A política externa do governo é outra piada de mau gosto. Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país. Não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único responsável, mas é óbvio que a mediocridade do governo dele leva a isso.
Mas esse presidente que o senhor aponta como medíocre é recordista de popularidade. Em seu estado, Pernambuco, o presidente beira os 100% de aprovação.
O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o país inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco, que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.
O senhor não acha que o Bolsa Família tem virtudes?
Há um benefício imediato e uma consequência futura nefasta, pois o programa não tem compromisso com a educação, com a qualificação, com a formação de quadros para o trabalho. Em algumas regiões de Pernambuco, como a Zona da Mata e o agreste, já há uma grande carência de mão-de-obra. Famílias com dois ou três beneficiados pelo programa deixam o trabalho de lado, preferem viver de assistencialismo. Há um restaurante que eu frequento há mais de trinta anos no bairro de Brasília Teimosa, no Recife. Na semana passada cheguei lá e não encontrei o garçom que sempre me atendeu. Perguntei ao gerente e descobri que ele conseguiu uma bolsa para ele e outra para o filho e desistiu de trabalhar. Esse é um retrato do Bolsa Família. A situação imediata do nordestino melhorou, mas a miséria social permanece.
A oposição está acuada pela popularidade de Lula?
Eu fui oposição ao governo militar como deputado e me lembro de que o general Médici também era endeusado no Nordeste. Se Lula criou o Bolsa Família, naquela época havia o Funrural, que tinha o mesmo efeito. Mas ninguém desistiu de combater a ditadura por isso. A popularidade de Lula não deveria ser motivo para a extinção da oposição. Temos aqui trinta senadores contrários ao governo. Sempre defendi que cada um de nós fiscalizasse um setor importante do governo. Olhasse com lupa o Banco do Brasil, o PAC, a Petrobras, as licitações, o Bolsa Família, as pajelanças e bondades do governo. Mas ninguém faz nada. Na única vez em que nos organizamos, derrotamos a CPMF. Não é uma batalha perdida, mas a oposição precisa ser mais efetiva. Há um diagnóstico claro de que o governo é medíocre e está comprometendo nosso futuro. A oposição tem de mostrar isso à população.
Para o senhor, o governo é medíocre e a oposição é medíocre. Então há uma mediocrização geral de toda a classe política? Isso mesmo. A classe política hoje é totalmente medíocre. E não é só em Brasília. Prefeitos, vereadores, deputados estaduais também fazem o mais fácil, apelam para o clientelismo. Na política brasileira de hoje, em vez de se construir uma estrada, apela-se para o atalho. É mais fácil.
Por que há essa banalização dos escândalos?
O escândalo chocava até cinco ou seis anos atrás. A corrupção sempre existiu, ninguém pode dizer que foi inventada por Lula ou pelo PT. Mas é fato que o comportamento do governo Lula contribui para essa banalização. Ele só afasta as pessoas depois de condenadas, todo mundo é inocente até prova em contrário. Está aí o Obama dando o exemplo do que deve ser feito. Aqui, esperava-se que um operário ajudasse a mudar a política, com seu partido que era o guardião da ética. O PT denunciava todos os desvios, prometia ser diferente ao chegar ao poder. Quando deixou cair a máscara, abriu a porta para a corrupção. O pensamento típico do servidor desonesto é: "Se o PT, que é o PT, mete a mão, por que eu não vou roubar?". Sofri isso na pele quando governava Pernambuco.
É possível mudar essa situação?
É possível, mas será um processo longo, não é para esta geração. Não é só mudar nomes, é mudar práticas. A corrupção é um câncer que se impregnou no corpo da política e precisa ser extirpado. Não dá para extirpar tudo de uma vez, mas é preciso começar a encarar o problema.
Como o senhor avalia a candidatura da ministra Dilma Rousseff?
A eleição municipal mostrou que a transferência de votos não é automática. Mesmo assim, é um erro a oposição subestimar a força de Lula e a capacidade de Dilma como candidata. Ela é prepotente e autoritária, mas está se moldando. Eu não subestimo o poder de um marqueteiro, da máquina do governo, da política assistencialista, da linguagem de palanque. Tudo isso estará a favor de Dilma.
O senhor parece estar completamente desiludido com a política.
Não tenho mais nenhuma vontade de disputar cargos. Acredito muito em Serra e me empenharei em sua candidatura à Presidência. Se ele ganhar, vou me dedicar a reformas essenciais, principalmente a política, que é a mãe de todas as reformas. Mas não tenho mais projeto político pessoal. Já fui prefeito duas vezes, já fui governador duas vezes, não quero mais. Sei que vou ser muito pressionado a disputar o governo em 2010, mas não vou ceder. Seria uma incoerência voltar ao governo e me submeter a tudo isso que critico.
UM BREVE COMENTO:
De extrema e inquestionável lucidez, Jarbas trouxe o retrato do que é hoje fazer política neste país. Conforme diversas vezes salientei, o clientelismo, a primazia não do direito público, mas do direito privado, através dos desvios de finalidade, formam sob o intrépido manto da corrupção uma verdade odiosa, mas de contornos conformados...
Não carece de complementariedade, a não ser as de cunho pontual, a descrição dos poderes de Estado feita por jarbas, que se regem sob a égide constitucional de um sistema federativo. Federação, que em sua fruição conceitual muito se liga ao sistema de mutua cooperação. Alcançou-se uma verdadeira unidade em nosso território, onde Estados e Municípios, em suas diversas atribuições constitucionais buscam o mesmo fim, o fim de interesse privado, amequinhado pelos sobrenomes e influências que tem para escambear com a União, neste ponto escapulindo das raias constitucionais é claro...
Mas por certo o poder não se sustenta senão através do consensus, este por sinal obtido por vezes de maneira legítima, outras de formas em nada ortodoxas. Encaixamo-nos, por óbvio, na segunda hipótese, onde desnecessário se torna o dever de probidade, a prática sob os ditames da moralidade pública, alguns dos princípios insculpidos no art. 37 da Constituição Republicana, que através do concensus popular, comprado pelo crime do assistencialismo eleitoreiro, se tornam figuras meramente ilustrativas de uma utopia democrática representativa, embora de sede constitucional...
Através deste fenômeno que é o assistencialismo, em especial nas nações mais obtusas como a nossa, onde a ausência se faz de regra, se promove em um espaço temporal reduzido a perpetuação da indignidade amarrada pelas necessidades mais primárias de subsistência do ser humano, que percebe-se tolhido por sua estupidez, parte condicionante do sistema...
Em nossa democracia, nossos representantes, em especial do poder legislativo, votam (promovem o conluio) secretamente, contam com uma imunidade que os mantém à margem da legalidade, blindados por seus crimes, há um Judiciário também corrompido, que vende suas sentenças em proveito particular e do sistema além de um executivo orquestrador de toda essa podridão, que enriquece o sistema por um necessário silêncio comprometedor e compra toda uma nação, oportunizando as mais diversas ausências de oportunidades de educação, saúde, segurança e fome, esta suprida com o objetivo de alcançar a idiotizada dependência social que o fará perpétuo...
"Isto aqui oo, é um pouquinho de Brasil iaia..."

19 fevereiro, 2009

O GOVERNO DEIXA O BRASILEIRO DESPREGUEADO!

Se Lula da Silva iludiu-se que um dia alcançaria a liderança política regional, já deveria ter acordado. Nenhum parceiro do Mercosul votou a favor do candidato brasileiro na última eleição do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC)... O Brasil de Lula também não logrou eleger o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)... A Argentina é contra a pretensão brasileira de ocupar um posto permanente no Conselho de Segurança da ONU e, nas negociações comerciais, tem divergido sistematicamente nos momentos decisivos das propostas "canarinho". No comércio bilateral, tem recorrido seguidamente ao protecionismo, sempre com a anuência do governo brasileiro, mais empenhado em agradar os "irmãos" que propriamente defender os interesses nacionais. O Itamaraty protesta, vale dizer com toda razão, contra o protecionismo dos pacotes econômicos dos Estados Unidos e de países europeus, mas aceita passivamente a "trolha" dos parceiro mais próximos...

O governo brasileiro curvou-se, ou curvou-nos para melhor ilustrar, mais uma vez à decisão argentina de impor barreiras ao comércio bilateral. Além de abandonar a defesa dos legítimos interesses da indústria e dos trabalhadores nacionais, autoridades brasileiras ainda acarinham ministros argentinos com a proposta de financiar as exportações da Argentina para o Brasil. As barreiras contra produtos brasileiros foram aumentadas a partir de setembro, quando se agravou a crise financeira internacional. Buenos Aires suspendeu as licenças automáticas de importação de 1.200 produtos, vários deles exportados pelo Brasil, e elevou os preços de referência para 120 tipos de mercadorias, numa ação voltada não só contra a indústria chinesa, mas também contra a brasileira.

Todas essas decisões serão mantidas, disse em Brasília o chanceler argentino Jorge Taiana, sem receber contraditório... O governo argentino busca sem muita determinação uma pífia justificação para seu protecionismo com relação ao Brasil com a necessidade de preservar setores industriais e com a acusação ao governo brasileiro de distorcer o comércio com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), embora esse financiamento esteja dentro dos padrões aceitos internacionalmente. "As normativas continuam vigentes", disse Taiana à imprensa, referindo-se às barreiras argentinas. "Assim como as do Brasil", acrescentou, dando a entender que há uma equivalência de situações. Essa equivalência portanto não existe, mas o governo brasileiro, em vez de contestar a mistificação, tenta comprar a boa vontade do parceiro protecionista com esquemas de crédito e de estímulos a investimentos, como se tivesse de pagar uma compensação por faltas que não cometeu... A reciprocidade, princípio das relações bilaterais, resta por uma via de mão única, sempre na direção dos irmão... Somos uma espécie de FMI da américa Latrina, a diferença é que não emprestarmos, damos...


HORA DE DESCER O SARRAFO:
O governo brasileiro não se cansa de tratar os seus como quadrúpedes à sua imagem e semelhança, embora teoricamente andemos todos sob duas patas, ops, pés... Deixar-nos de quatro para que sejamos vitimados por práticas incestuosas já se tornou rotina a desconstruir nossas pregas anais, ops, morais...

Enquanto o mundo, tracionado pelos EUA busca proteger seus mercados, seu setor produtivo, o Brasil permanece como se crise não houvesse, ainda navegando sob o efeito das "marolas"... A indubitavel opção "Lulática" de escambiar com o "cú" do brasileiro entre seus "irmãos, além de um ser pecado, provoca reflexos além das hemorróidas... Crava-se em quem produz; em quem gera emprego; sonega-se tributo; o país não arrecada o que poderia arrecadar do empresariado; o povo paga o preço no repasse dos "prejuízos" do Estado e do empresariado em suas aquisições para sua subsistência, perde seu poder de compra; a economia entra em recessão; o brasileiro perde seu emprego ou tem seus salários reduzidos, a fome aumenta, o bolsa família se dilata criando novos dependentes e o povo amorfo aplaudi seu Presidente em campanha para 2010...
MAS O POVO NÃO ESTÁ A APROVAR? QUEM ENTÃO SERIA MAIS SEM VERGONHA?

16 fevereiro, 2009

O DIABO VESTE HERING...

Para os sócios do Mosaico não é nenhuma novidade o resultado deste referendo venezuelano... Chávez, a aberração, havia deixado claro que haveria quantos referendos fossem necessários ao que classificou ser a única opção para Venezuela...

Primeiramente irei expor de forma sintética alguns fatos deste referendo, logo após entrarei em comento, quando o pau vai comer...
A emenda constitucional que coloca fim ao limite para a reeleição aos cargos públicos foi aprovada neste domingo com 54,36% dos votos. Com esta vitória, o Presidente Venezuelano Hugo Chávez (de cadeia) abre caminho para disputar um terceiro mandato presidencial nas eleições de 2012.
De um lado os chavistas que defendiam a "continuação da revolução bolivariana" sob a liderança de Chávez e de outro, opositores, que rejeitavam o que consideram como uma medida para a "perpetuação do presidente no poder". Antes do pleito, o Presidente venezuelano, que governa o país há uma década, anunciou que se saísse vitorioso aprofundaria as mudanças rumo à consolidação de uma revolução socialista na Venezuela...
Ao longo da votação não faltaram denúncias de que as urnas eletrônicas não registravam a opção escolhida pelo eleitor... Esses votos acabaram sendo anulados.... Esses incidentes foram qualificados como "fatos isolados" pela organização não-governamental Olho Eleitoral, principal organismo de observação eleitoral do país... E seriam loucos de dizer ao contrário colocando o referendo sob suspeição?
"Longa vida à revolução", gritou Chávez, vestido com sua tradicional camisa vermelha, na varanda do Palácio de Miraflores, diante de milhares de venezuelanos...

EM COMENTO:
Sempre firmei com máxima clarividência minha visão sobre o que classifico como "terror vermelho da América Latrina". Os países que compõem este espaço territorial em sua totalidade possuem partidos de cunho comunista\socialista, que encontram-se firmes no propósito de formar um grande eixo de Satã no continente...
O mais hipócrita e corrompido dos sistemas, que desde o declínio da URSS e a queda do Muro de Berlim capitulou em sua apodrecida utopia, encontrou alguma sobrevida tão apenas nos cantões mais ermos, e por isso, no propósito de reiniciar um novo processo caótico de ilusão popular, demandam pela alteração de seus "estatutos" de implantação.
O que estou a afirmar? Em linguagem vulgar, quero dizer que o passo a passo do Foro de São Paulo na América Latrina, o verdadeiro "cú do mundo" está obrando seus propósitos à revelia de um maior discernimento de sua representatividade...
Travestem o comunismo de socialismo, nome de maior simpatia popular, e procuram prover uma falsa capa democrática onde a ditadura possui posição nuclear, e portanto absolutamente incompatível... Este tipo de artifício do novo comunismo, é sem dúvida alguma muito mais perigoso que a versão anterior, pois além de permanecer vendendo utopia, este vem somatizado ao engodo de dar voz a um povo que não tem ou não sabe como escolher...
Não restam dúvidas, que a latrina do mundo é o local propício para a ressurreição do ópio dos desvalidos. Território povoado por uma maioria de bucéfalos e analfabetos funcionais torna-se presa fácil às maiores falácias, que restam regadas pelo populismo assistencialista explorador das mais profundas misérias faméricas e intelectuais...
Por isso, vem fazendo parte do processo da maior idiotização popular a ausência em seu grau mais profundo de indispensabilidade. É a ausência de informação em todas as suas vertentes, a ausência de oportunidades tornando o cidadão refém de sua própria ignorância, vinculando seu "poder democrático de escolha" a uma só opção, a de comer na refeição seguinte... Assim se rege o poder de convencimento deste novo sistema orquestrado por estes novos ditadores, que portam em suas faces a mais profunda ignorância, fazendo-se passar como mais um do povo que estão a desnutrir...
A grande falha de Satã, foi em minha humilde opinião travestir-se de belo e poderoso para que fosse desejado e almejado como figura a ser paradigmada. Hoje, de forma surpreendentemente inteligente, ele desce de seu pedestal e aparece como mais um do povo, abdicando da distância dos que pretende dominar para conseguir ludibriar com suas idéias... Talvez tenha assimilado os ensinamentos de Jesus, se vendendo verdadeiramente como um comum, conseguindo o consensu, para só depois se desvendar... Dividir-se entre os vários Estados que pretende de início dominar talvez tenha sido outra bela sacada para uma intervenção mais eficaz, pois produz confusão aos mais desvalidos mentais...
Para nós resta aguardar e conferir a máxima de que Deus seria brasileiro...
Vejam isto:


Este cidadão é um eleitor de Chávez, que como se pode perceber possui várias identidades. É um dos exemplos em que 1 voto valeu por 5... É esta a mais pura democracia bolivariana...

Sem mais...

PS: Este post é para ser entendido por associação e não necessariamente ao pé da letra. Sua mensagem dita entrelinhas foi o fundamento de sua feitura...

12 fevereiro, 2009

AS PREFERÊNCIAS SEXUAIS DE NOSSO ILUSTRÍSSIMO PRESIDENTE... RAPIDINHAS COM O PRESIDENTE!

Proporcionarei algumas rapidinhas, espero que aproveitem como o nosso Presidente...
Os Ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Justiça) foram excluídos da lista de possíveis investigados do inquérito da Polícia Federal que apura a produção e o vazamento do dossiê sobre gastos do ex-presidente FHC. A decisão foi tomada anteontem pelo Ministro Ricardo Lewandowski, do STF.
"Não há até este momento fatos que justifiquem a investigação de autoridades em instância superior", disse à Folha Lewandowski, relator do caso. O STF devolveu o inquérito sigiloso à primeira instância da Justiça Federal por não existirem mais entre os investigados autoridades com foro privilegiado.
Como venho à tempo batendo, mais político que o congresso apenas o STF... Pelo Supremo a Constituição sede seu sentido de coerção erga-omnes para blindar, numa espécie de imunidade de fato, os interesses maiores de poder do poder... Por isso faz-se repetir aquela velha e batida história do "ninguém sabe ninguém viu..." Vergonha!
Mais uma rapidinha:
O jornal paraguaio ABC Color noticiou ontem, em sua versão eletrônica, que o governo brasileiro, mais particularmente o Presidente Lula, pediu que as negociações sobre a majoração no preço da energia de Itaipu sejam “secretas”. Lula quer que elas se dêem longe da imprensa. Quem confirma o amistoso pedido é o próprio presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em entrevista coletiva. Endossa assim, informação dada na semana passada por um assessor seu. Lugo disse que o pedido lhe foi feito pessoalmente por Lula, no encontro que tiveram em Belém do Fórum Social Mundial.
Como já fez questão de demonstrar, Lula é mesmo um tarado discreto. Curte as maiores orgias sim, varia de posições sem pudor, mas tudo entre quatro paredes, no calar da noite, sobre a cama do erário público... Passivo por opção, em suas relações faz a alegria dos irmãos latrinos gozando com o pau dos outros, mais precisamente de nosotros...
Tá gostoso? então toma mais:
Tem gosto para tudo nesse mundo. Vejam só essa história de "gozar com o pau alheio"... Lula providenciou um mega encontro regado a champagne e hotel 5 estrelas com os Prefeitos desta Federação. Você deve estar imaginando que cada prefeitura desta Federação deve ter ficado mais pobre com essa verdadeira orgia custeada com o dinheiro público municipal. Porém enganou-se desta vez, precipitou-se...
Este gasto do dinheiro público fará render alguns zeros à direita, local que interessa... Pois vejam, Lula ampliou o prazo para os Prefeitos saldarem parte de suas dívidas com o INSS, R$ 14 bilhões... O parcelamento dos débitos, que hoje é de 60 meses, poderá ser feito em até 20 anos... Por isso, os que promovem o calote na Previdência terão a oportunidade de "regularizarem-se" e, a partir daí, receberem repasses de recursos federais para assinar convênios com o Governo Federal, leia-se PAC, o PAC dos Municípios...
Com isso nosso Presidente palanqueiro, que se percebeu enfraquecido nas últimas eleições municipais, acha uma maneira de perpetrar sua política assistencialista não apenas através das pessoas físicas com aviltante moral bolsa-eleição, mas também conseguir o apoio de chefes dos executivos municipais através do PAC, e assim, com nossos impostos de finalidade desviada, garantir a sucessão presidencial à seu gosto com o uso da máquina pública de todos os entes da federação... Interessante é o ensurdecedor silêncio da Justiça Eleitoral - TSE... É de doer os ouvidos...
A última: O corregedor do castelo, que perdi meu tempo escrevendo sobre no post infra, acaba de ser desfiliado pelo DEM. Detalhe que corre à boca pequena é que o PT já estaria de olho na compra de seu passe, faria ele o perfil do partido segundo a cúpula PeTralha... Imaginem um meio campo formado com Dirceu, Delúbio, Genuíno e Valério, é de impressionar... O corregedor chegaria como opção, já que no time de Lula ninguém chega como titular, mas será um belo reforço... Aguardem!
E aí, gozou?

09 fevereiro, 2009

O CASTELO DO PODER E A BLINDAGEM NATURAL DA CORRUPÇÃO.


He-Man e os Defensores do Universo. Na série, o personagem principal e seus amigos defendem o planeta Eternia e o Castelo de Grayskull, habitado pela feiticeira, das forças malignas comandadas pelo vilão Esqueleto. Mas não é deste castelo que quero falar...

Há também o Castelo das Pedras, famoso point do funk carioca, espaço onde as popozudas vão descendo até o chão ao som do pancadão... Mas também não é deste que vou tratar...

Há ainda a Universidade Castelo Branco! Deixa para lá...

Certo, que nem nas histórias em quadrinhos ter um castelo em seu significado original é uma possibilidade vulgar, ainda mais um castelo medieval num país que começou em 1500 e onde a monarquia foi bem peculiar... Uns são bonitos, como o castelo do barão Smith de Vasconcellos, avô de Marta Suplicy, castelo renascentista localizado em Itaipava, no Estado do Rio, projetado pelo pai da moderna arquitetura brasileira, Lúcio Costa. Outros são um tanto feios, como o do corregedor da Câmara, deputado Edmar Moreira, localizado em São João Nepomuceno (MG), é deste que quero tratar.

Crime contra o bom-gosto ainda não encontra-se capitulado no Código Penal, poluição visual sim, em normas de direito ambiental, mas não chegaremos à tanto... O direito de ser brega vem implicitamente garantido pela Constituição... Pois é, o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) tem um, todinho seu e da sua família, com 36 suítes e torres de oito andares.

Moreira é o novo segundo vice-presidente da Câmara, cargo que vem acoplado com a Corregedoria. Em tese, corregedor seria aquele sujeito acima de qualquer suspeita, de reputação ilibada a quem seria competente corrigir erros e coibir abusos de seus pares. Há controvérsia se Moreira, o nosso cavalheiro (não cavaleiro) de gosto medieval, se encaixaria bem nesse perfil... Seu patrimônio declarado em 2006 era de R$ 9 milhões, mas só o castelo seu castelo está à venda pela bagatela de 25 milhões, sejam reais ou dólares (à depender da fonte). Explicação do deputado: o imóvel estaria no nome dos filhos. Ao mencionar filho lembrei de Lulinha e sua Fazenda Fortaleza, e... bobagem...

Até a eleição de Moreira à segunda vice, com direito à Corregedoria, é controversa. O seu partido, o DEM, lançou outro deputado, V. Pires (PA). Moreira passou por cima, apresentou-se como candidato avulso e venceu! Incrível! Será que como a feiticeira do Castelo de Grayskull Moreira possui poderes mágicos ou tem algum He-man e os Defensores do Universo para protegê-lo?

Como integrante do Conselho de Ética, ele absolveu todos os mensaleiros e equivalentes que passaram pela "ética de seu julgamento". A recompensa como na era medieval veio a cavalo: a gratidão dos já absolvidos e um "seguro precaução" dos que acaso venham a ser desnudados pela imprensa e julgados... Nunca se sabe o dia de amanhã, dá deste país um dia virar coisa séria e o papai noel aparecer... O novo líder do PT na Câmara, deputado Candido Vacarezza é um de seus principais defensores. Repetindo o presidente Lula no caso do mensalão, Vacarezza afirma que declarar um imóvel ao imposto de renda por um valor muito menor "é o que se faz sempre"...

Moreira não se fez de rogado e em sua primeira entrevista, foi logo defendendo o fim das cessações. "Parlamentar não é polícia." Puxa, que alívio! Enquanto Michel Temer não vem, Moreira refestela-se na cadeira de presidente...

Em um dado momento deste post mencionei a possibilidade de um Brasil sério, momento que lembrei-me de papai-noel... Aos políticos deste país, ao que parece, foi dada a missão de manter-nos com a idade mental dos que ainda crêem em bom velhinho. O discernimento da sociedade brasileira como um todo é compatível com todas as criações para o imaginário infantil, injusto seria esquecermos do Coelhinho da Pascoa...

Uma sociedade aculturada e já de cedo acostumada ao jeitinho, o tal jeitinho brasileiro que muitos orgulham ostentar... E é com esta ignorância e este jeitinho, que elegemos quem nos representarão, os que certamente farão jus à que nós os paguemos com o que não temos para com algum "jeitinho" se tornem os grandes magnatas do poder deste excremento chamado Brasil, com todo respeito...

De uma sociedade emburrecida não há mesmo muito a esperar, de um Ministério Público pouco interessado lamentavelmente... Da presidência, bom, poupar-lhos-ei dos detalhes sórdidos... Conclusão é mesmo a realidade, nem Papai-Noel nem o Coelhinho da Pascoa existem e estamos fedidos e "fudidos"...

04 fevereiro, 2009

EXISTE GATO E RATO NA RELAÇÃO ENTRE JUDEUS E PALESTINOS? INTERESSA O TÉRMINO DESTE CONFLITO? HÁ VONTADE POLÍTICA? DE QUEM CARA PÁLIDA?

Penetre na história e perceba as razões fincadas na irracionalidade:
O moderno estado de Israel está situado em um território que já foi conquistado por muitos povos: assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, árabes muçulmanos e turcos otomanos. O país, localizado na costa oriental do Mar Mediterrâneo, é conhecido como a Terra Santa. Para os judeus, a terra é santa porque lhes foi prometida por Deus; para os cristãos, porque Jesus, sendo judeu, nasceu e viveu lá; para os muçulmanos, porque Jerusalém é o local da subida do profeta Maomé aos Céus.
O laço judeu à Terra de Israel data de mais de 3.700 anos. De acordo com a Bíblia, Deus prometeu que os descendentes do patriarca Abraão herdariam a terra. O Livro Sagrado revela que o povo judeu foi escravizado no Egito, até que Deus o libertou. Após sua libertação do Egito, o povo judeu foi liderado por Moisés - o maior profeta da história judaica - e levado à Terra de Israel. No entanto, foi Josué, sob o comando de Deus, que conquistou a Terra, iniciando assim a formação do primeiro estado judeu.
A nação judaica formou a sua primeira monarquia constitucional por volta do ano 1000 A.C. O segundo rei dos judeus, Davi, estabeleceu Jerusalém como a capital do país e seu filho Salomão liderou a construção do Templo Sagrado de Jerusalém.
No ano 70 D.C., os romanos destruíram o Templo Sagrado. Tudo o que restou de pé até hoje foi sua Muralha Ocidental, conhecido por todos como Muro das Lamentações, considerado pelo judaísmo como o local mais sagrado do mundo. Sendo assim, pessoas de vários países, judeus e não-judeus, visitam o Muro em Jerusalém. Elas escrevem bilhetes com pedidos pessoais a Deus e os colocam entre suas pedras.
Além de destruir o Templo Sagrado de Jerusalém, os romanos expulsaram os judeus de sua terra, dando início à diáspora, que significa a dispersão dos judeus para outros países do mundo. Contudo, apesar de terem sido conquistados pelos romanos, muitos judeus continuaram a viver na Terra de Israel.
Por volta do século IX, comunidades judaicas foram restabelecidas em Jerusalém e Tibérias. No século XI, a população judaica crescia nas cidades de Rafah, Gaza, Ashkelon, Jaffa e Caesarea. Durante o século XII, muitos judeus que viviam na Terra Prometida foram massacrados pelas Cruzadas, mas nos séculos seguintes, a imigração para a Terra de Israel continuou. Mais comunidades religiosas judaicas estavam se fixando em Jerusalém e em outras cidades.
Um dos pontos fundamentais da fé judaica é que todo o povo será liderado de volta à Terra de Israel e que o Templo Sagrado será restabelecido. Muitos judeus acreditam que o Messias, que será enviado por Deus, irá liderar o retorno de todo o povo judeu à Terra de Israel.
Contudo, muitos judeus acreditavam que eles próprios deveriam iniciar seu retorno à sua terra histórica. A idéia de estabelecer um estado judeu moderno começou a ganhar grande popularidade no século XIX na Europa. Um jornalista austríaco chamado Theodor Herzl levou adiante a idéia do sionismo, definido como o movimento nacional de libertação do povo judeu. O sionismo afirma que o povo judeu tem direito ao seu próprio estado, soberano e independente.
No final do século XIX, o aparecimento do anti-semitismo, o preconceito e ódio contra judeus, levou ao surgimento de pogroms – massacres organizados de judeus – na Rússia e na Europa Oriental. Esta violência notória contra judeus europeus ocasionou imigrações maciças para a Terra de Israel. Em 1914, o número de imigrantes vindos da Rússia para a Terra de Israel já alcançava os 100.000. Simultaneamente, muitos judeus vindos do Iêmen, Marrocos, Iraque e Turquia imigraram para a Terra de Israel. Quando os judeus começaram, em 1882, a imigrar para seu antigo território em grande escala, viviam por lá menos de 250.000 árabes.
Acredita-se que o termo “Palestina” (Palestine) origina dos filisteus (Philistines), um povo egeu que, no século XII A .C., se estabeleceu ao longo da planície costeira do Mediterrâneo, conhecida hoje como a Faixa de Gaza. No século II, após derrotar o antigo estado de Israel, os romanos deram o nome de Palestina à terra, numa tentativa de humilhar os judeus e minimizar sua identificação com a Terra de Israel.
Em 638, a conquista árabe da Terra de Israel deu início a 1.300 anos de presença muçulmana em Israel. Porém, o país nunca foi exclusivamente árabe. Após as invasões muçulmanas do século VII, o árabe tornou-se gradualmente a língua da maioria da população da região. Apesar do controle muçulmano, nenhum estado árabe independente chegou a ser estabelecido na Terra de Israel.
A cidade de Jerusalém é considerada a terceira mais sagrada na religião islâmica (as primeiras são Meca e Medina). Acredita-se que Jerusalém seja o local onde o maior profeta islâmico, Maomé, subiu aos Céus. A mesquita al-Aqsa, onde o Domo da Rocha foi futuramente construído, marca este ponto, que é sagrado para os muçulmanos.
Enquanto os muçulmanos dominavam a região, cristãos e judeus viviam em paz, já que eram considerados os Povos do Livro. Cristãos e judeus tinham controle autônomo em suas comunidades e eram permitidos a praticar as suas religiões com liberdade e segurança. Tal tolerância religiosa demonstrada pelo povo muçulmano é rara na história do homem.
Em 1517, os turcos otomanos da Ásia Menor conquistaram a região e, com poucas interrupções, governaram Israel, então chamada de Palestina, até o inverno de 1917\18. O país foi dividido em diversos distritos, dentre eles, Jerusalém. A administração dos distritos foi cedida em grande parte aos árabes palestinos. As comunidades cristãs e judaicas, porém, receberam grande autonomia. A Palestina compartilhou a glória do Império Otomano durante o século XVI, mas foi negligenciada quando o império começou entrar em declínio no século XVII.
Em 1882, menos de 250.000 árabes viviam no local. Uma parte significante da Terra de Israel pertencia aos senhores, que viviam no Cairo, Damasco e Beirute. Por volta de 80% dos árabes palestinos eram camponeses, nômades ou beduínos.
Em 1917\18, com apoio dos árabes, os britânicos capturaram a Palestina dos turcos otomanos. Na época, os árabes palestinos não se imaginavam tendo uma identidade separada. Eles se consideravam parte de uma Síria árabe. O nacionalismo árabe palestino é, em grande parte, um fenômeno do pós Primeira Guerra Mundial.
Em 1921, o Secretário Colonial Winston Churchill separou quase quatro-quintos da Palestina – aproximadamente 35.000 milhas quadradas - para criar um emirado árabe, a Transjordânia, conhecida hoje como Jordânia. Este país, que é uma monarquia árabe, é em sua maioria composto por palestinos que hoje representam aproximadamente 70% da população.
Em 1939, os britânicos anunciaram o White Paper (Carta Branca), um documento relatando que um estado árabe independente e não dividido seria estabelecido na Terra de Israel (chamada de Palestina) dentro de 10 anos. O nacionalismo árabe cresceu com a promessa de um estado forte. Mas, como discutiremos futuramente, os britânicos não foram capazes de manter sua promessa aos árabes. Em vez disso, em 1947, as Nações Unidas decidiram dividir a Terra de Israel em dois estados: um judeu e outro árabe. Em 1948, foi estabelecido o estado de Israel. Quando seus vizinhos árabes atacaram o novo estado judeu, teve início a primeira guerra árabe-israelense. Durante o estabelecimento do estado de Israel e durante a primeira guerra entre árabes e israelenses, mais da metade dos árabes que viviam na Terra de Israel fugiram, dando início ao problema ainda hoje vigente de refugiados palestinos.
Digressões finais:
Fato porém, que qualquer discussão em torno de perquirir-se a medida das razões do conflito, esbarra-se no culto ao fanatismo arraigado nas duas culturas. A questão da soberania, embora aparentemente de fundamentalidade inquestionável não esgota e jamais esgotará em si. Cada cidadão ocupante desses territórios são tomados pelo sentimento do ódio à seus ex-adversos já do berço, e acreditam serem mártires, que através da luta alcançarão a salvação eterna. Tempere-se estas mentalidades doentias-destrutivas com grupos terroristas, que propagam a ideologia da guerra através das idéias e ações, que disseminam o ódio recíproco como forma de se respeitar a fé...
Alcançar a paz entre este povos é de uma utopia e de uma hipocrisia política que não se pode mensurar. Independente de interesses como o da indústria bélica, este embate escapa às raias da mínima razão e é irreversivelmente tomado pela fé em seu grau mais destrutivo, quando a sanidade perde em absoluto qualquer referencial.
Há de se lamentar e muito a constatação de se tratar de uma guerra sem fim. Enquanto houver muçulmanos e judeus a paz manter-se-á sob o odor das pólvoras da guerra. Quando se unem questões advindas da história, religião, do terror, políticas e de soberania territorial em posições antagônicas em seu sentido mais lato, vislumbrar a harmonia e o mútuo respeito escapa ao controle dos homens e de seus Deuses, neste momento o fogo passa a arder sem não mais se apagar...Qualquer tentativa de paz se amesquinhará em dias de cessar fogo, até o momento que se estoure um "inofensivo" estalinho à se produzir um mínimo ruído... Culpar Palestinos ou Judeus por esta guerra é irrefutavelmente tomar um partido equivocado, pelo menos ao que concerne a exclusão da culpa de um desses povos...
A força do terrorismo nesta região se faz notar em todos os campos possíveis de atuação, e não apenas se faz perceber no lançar de bombas. Exemplo disso foi noticiado, curiosamente, em poucos jornais do mundo. Lembram-se daquele ataque das Forças de Defesa de Israel a uma escola da ONU, que matou 43 pessoas? Pois é. Não foi numa escola da ONU, vale dizer, o que os israelenses vinham dizendo desde o dia 6 de janeiro. Só agora, quase um mês depois, Mawell Gaylord, coordenador de ações humanitárias da ONU em Jerusalém, admite a verdade QUASE 1 MÊS DEPOIS: o morteiro foi lançado numa rua PERTO da escola, mas não contra a escola.
O forjado ataque à escola foi manchete do mundo inteiro e o desmentido, até o momento está apenas no Haaretz. O mundo também não se interessou em manchetar as torturas e execuções sumárias que se seguiram à retirada de Israel de Gaza. Ao que parece a imprensa ocidental se deixou tomar pela lógica terrorista... Esse caso da escola mereceria um justo destaque: HAMAS LUDIBRIA O MUNDO! Dado interessante é que o principal representante das Nações Unidas em Gaza é um sujeito que acredita que os próprios EUA tramaram o 11 de Setembro, é coisa para maluco? Pode ser... Como se percebe, a ausência de sanidade alcança todos os povos independentemente de raça, sexo, credo...