Queridos e fiés leitores:
Estou me despedindo desse ano, que foi indubitavelmente dos mais marcantes, dos mais reveladores da história política tupiniquim... Constatamos, incluo aqui apenas os de discernimento, estarmos literalmente submersos e atolados em um complexo mosaico de lama.
Corrupção, impunidade, imoralidade, vergonha e ignorância, formam, em última análise, o caótico pentagrama 2007. Agiu-se com morbidez na exploração da pobreza, que na maioria das vezes revelava-se em seu sentido mais lato , embora vislubrassem precipuamente a pobreza material, abjurando a de espírito à sorte da podridão humana.
Viu-se emergir na "América Latrina" vestustos ideais sepultados pela utopia. A sempre trôpega e condicional democracia percebeu-se aviltada e abalroada como instrumento de liberdade. Líderes pouco dotados e despidos de pudor estupraram nossas dignidades através de imposições autoritárias e em completo descompasso com a realidade global. O vermelho iniciou seu tingimento, e o branco, que sempre foi opaco, recebeu seus primeiros respingos...
A cultura nunca serviu tão pouco como paradigma. Sua ausência governou e ditou nossa sorte, contando claro, com a providencial mãozinha de uma conjuntura mundial amplamente favorável, sempre pronta para perdoar os homéricos erros e os torna-los invisíveis aos que persistem em ver apenas o que lhes convém.
O ano que está por vir promete capítulos continuativos de uma triste história que está a se desenhar, mas seu desenrolar, por falta de tempo e principalmente pela ausência da crença de um final feliz, me faz refletir se nosso convívio terá prosseguimento...
Mas como não poderia deixar de ser, deixo meus sinceros votos de dias melhores, ainda que na política eu não esteja nem um pouco otimista...
Estou me despedindo desse ano, que foi indubitavelmente dos mais marcantes, dos mais reveladores da história política tupiniquim... Constatamos, incluo aqui apenas os de discernimento, estarmos literalmente submersos e atolados em um complexo mosaico de lama.
Corrupção, impunidade, imoralidade, vergonha e ignorância, formam, em última análise, o caótico pentagrama 2007. Agiu-se com morbidez na exploração da pobreza, que na maioria das vezes revelava-se em seu sentido mais lato , embora vislubrassem precipuamente a pobreza material, abjurando a de espírito à sorte da podridão humana.
Viu-se emergir na "América Latrina" vestustos ideais sepultados pela utopia. A sempre trôpega e condicional democracia percebeu-se aviltada e abalroada como instrumento de liberdade. Líderes pouco dotados e despidos de pudor estupraram nossas dignidades através de imposições autoritárias e em completo descompasso com a realidade global. O vermelho iniciou seu tingimento, e o branco, que sempre foi opaco, recebeu seus primeiros respingos...
A cultura nunca serviu tão pouco como paradigma. Sua ausência governou e ditou nossa sorte, contando claro, com a providencial mãozinha de uma conjuntura mundial amplamente favorável, sempre pronta para perdoar os homéricos erros e os torna-los invisíveis aos que persistem em ver apenas o que lhes convém.
O ano que está por vir promete capítulos continuativos de uma triste história que está a se desenhar, mas seu desenrolar, por falta de tempo e principalmente pela ausência da crença de um final feliz, me faz refletir se nosso convívio terá prosseguimento...
Mas como não poderia deixar de ser, deixo meus sinceros votos de dias melhores, ainda que na política eu não esteja nem um pouco otimista...