04 fevereiro, 2009

EXISTE GATO E RATO NA RELAÇÃO ENTRE JUDEUS E PALESTINOS? INTERESSA O TÉRMINO DESTE CONFLITO? HÁ VONTADE POLÍTICA? DE QUEM CARA PÁLIDA?

Penetre na história e perceba as razões fincadas na irracionalidade:
O moderno estado de Israel está situado em um território que já foi conquistado por muitos povos: assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, árabes muçulmanos e turcos otomanos. O país, localizado na costa oriental do Mar Mediterrâneo, é conhecido como a Terra Santa. Para os judeus, a terra é santa porque lhes foi prometida por Deus; para os cristãos, porque Jesus, sendo judeu, nasceu e viveu lá; para os muçulmanos, porque Jerusalém é o local da subida do profeta Maomé aos Céus.
O laço judeu à Terra de Israel data de mais de 3.700 anos. De acordo com a Bíblia, Deus prometeu que os descendentes do patriarca Abraão herdariam a terra. O Livro Sagrado revela que o povo judeu foi escravizado no Egito, até que Deus o libertou. Após sua libertação do Egito, o povo judeu foi liderado por Moisés - o maior profeta da história judaica - e levado à Terra de Israel. No entanto, foi Josué, sob o comando de Deus, que conquistou a Terra, iniciando assim a formação do primeiro estado judeu.
A nação judaica formou a sua primeira monarquia constitucional por volta do ano 1000 A.C. O segundo rei dos judeus, Davi, estabeleceu Jerusalém como a capital do país e seu filho Salomão liderou a construção do Templo Sagrado de Jerusalém.
No ano 70 D.C., os romanos destruíram o Templo Sagrado. Tudo o que restou de pé até hoje foi sua Muralha Ocidental, conhecido por todos como Muro das Lamentações, considerado pelo judaísmo como o local mais sagrado do mundo. Sendo assim, pessoas de vários países, judeus e não-judeus, visitam o Muro em Jerusalém. Elas escrevem bilhetes com pedidos pessoais a Deus e os colocam entre suas pedras.
Além de destruir o Templo Sagrado de Jerusalém, os romanos expulsaram os judeus de sua terra, dando início à diáspora, que significa a dispersão dos judeus para outros países do mundo. Contudo, apesar de terem sido conquistados pelos romanos, muitos judeus continuaram a viver na Terra de Israel.
Por volta do século IX, comunidades judaicas foram restabelecidas em Jerusalém e Tibérias. No século XI, a população judaica crescia nas cidades de Rafah, Gaza, Ashkelon, Jaffa e Caesarea. Durante o século XII, muitos judeus que viviam na Terra Prometida foram massacrados pelas Cruzadas, mas nos séculos seguintes, a imigração para a Terra de Israel continuou. Mais comunidades religiosas judaicas estavam se fixando em Jerusalém e em outras cidades.
Um dos pontos fundamentais da fé judaica é que todo o povo será liderado de volta à Terra de Israel e que o Templo Sagrado será restabelecido. Muitos judeus acreditam que o Messias, que será enviado por Deus, irá liderar o retorno de todo o povo judeu à Terra de Israel.
Contudo, muitos judeus acreditavam que eles próprios deveriam iniciar seu retorno à sua terra histórica. A idéia de estabelecer um estado judeu moderno começou a ganhar grande popularidade no século XIX na Europa. Um jornalista austríaco chamado Theodor Herzl levou adiante a idéia do sionismo, definido como o movimento nacional de libertação do povo judeu. O sionismo afirma que o povo judeu tem direito ao seu próprio estado, soberano e independente.
No final do século XIX, o aparecimento do anti-semitismo, o preconceito e ódio contra judeus, levou ao surgimento de pogroms – massacres organizados de judeus – na Rússia e na Europa Oriental. Esta violência notória contra judeus europeus ocasionou imigrações maciças para a Terra de Israel. Em 1914, o número de imigrantes vindos da Rússia para a Terra de Israel já alcançava os 100.000. Simultaneamente, muitos judeus vindos do Iêmen, Marrocos, Iraque e Turquia imigraram para a Terra de Israel. Quando os judeus começaram, em 1882, a imigrar para seu antigo território em grande escala, viviam por lá menos de 250.000 árabes.
Acredita-se que o termo “Palestina” (Palestine) origina dos filisteus (Philistines), um povo egeu que, no século XII A .C., se estabeleceu ao longo da planície costeira do Mediterrâneo, conhecida hoje como a Faixa de Gaza. No século II, após derrotar o antigo estado de Israel, os romanos deram o nome de Palestina à terra, numa tentativa de humilhar os judeus e minimizar sua identificação com a Terra de Israel.
Em 638, a conquista árabe da Terra de Israel deu início a 1.300 anos de presença muçulmana em Israel. Porém, o país nunca foi exclusivamente árabe. Após as invasões muçulmanas do século VII, o árabe tornou-se gradualmente a língua da maioria da população da região. Apesar do controle muçulmano, nenhum estado árabe independente chegou a ser estabelecido na Terra de Israel.
A cidade de Jerusalém é considerada a terceira mais sagrada na religião islâmica (as primeiras são Meca e Medina). Acredita-se que Jerusalém seja o local onde o maior profeta islâmico, Maomé, subiu aos Céus. A mesquita al-Aqsa, onde o Domo da Rocha foi futuramente construído, marca este ponto, que é sagrado para os muçulmanos.
Enquanto os muçulmanos dominavam a região, cristãos e judeus viviam em paz, já que eram considerados os Povos do Livro. Cristãos e judeus tinham controle autônomo em suas comunidades e eram permitidos a praticar as suas religiões com liberdade e segurança. Tal tolerância religiosa demonstrada pelo povo muçulmano é rara na história do homem.
Em 1517, os turcos otomanos da Ásia Menor conquistaram a região e, com poucas interrupções, governaram Israel, então chamada de Palestina, até o inverno de 1917\18. O país foi dividido em diversos distritos, dentre eles, Jerusalém. A administração dos distritos foi cedida em grande parte aos árabes palestinos. As comunidades cristãs e judaicas, porém, receberam grande autonomia. A Palestina compartilhou a glória do Império Otomano durante o século XVI, mas foi negligenciada quando o império começou entrar em declínio no século XVII.
Em 1882, menos de 250.000 árabes viviam no local. Uma parte significante da Terra de Israel pertencia aos senhores, que viviam no Cairo, Damasco e Beirute. Por volta de 80% dos árabes palestinos eram camponeses, nômades ou beduínos.
Em 1917\18, com apoio dos árabes, os britânicos capturaram a Palestina dos turcos otomanos. Na época, os árabes palestinos não se imaginavam tendo uma identidade separada. Eles se consideravam parte de uma Síria árabe. O nacionalismo árabe palestino é, em grande parte, um fenômeno do pós Primeira Guerra Mundial.
Em 1921, o Secretário Colonial Winston Churchill separou quase quatro-quintos da Palestina – aproximadamente 35.000 milhas quadradas - para criar um emirado árabe, a Transjordânia, conhecida hoje como Jordânia. Este país, que é uma monarquia árabe, é em sua maioria composto por palestinos que hoje representam aproximadamente 70% da população.
Em 1939, os britânicos anunciaram o White Paper (Carta Branca), um documento relatando que um estado árabe independente e não dividido seria estabelecido na Terra de Israel (chamada de Palestina) dentro de 10 anos. O nacionalismo árabe cresceu com a promessa de um estado forte. Mas, como discutiremos futuramente, os britânicos não foram capazes de manter sua promessa aos árabes. Em vez disso, em 1947, as Nações Unidas decidiram dividir a Terra de Israel em dois estados: um judeu e outro árabe. Em 1948, foi estabelecido o estado de Israel. Quando seus vizinhos árabes atacaram o novo estado judeu, teve início a primeira guerra árabe-israelense. Durante o estabelecimento do estado de Israel e durante a primeira guerra entre árabes e israelenses, mais da metade dos árabes que viviam na Terra de Israel fugiram, dando início ao problema ainda hoje vigente de refugiados palestinos.
Digressões finais:
Fato porém, que qualquer discussão em torno de perquirir-se a medida das razões do conflito, esbarra-se no culto ao fanatismo arraigado nas duas culturas. A questão da soberania, embora aparentemente de fundamentalidade inquestionável não esgota e jamais esgotará em si. Cada cidadão ocupante desses territórios são tomados pelo sentimento do ódio à seus ex-adversos já do berço, e acreditam serem mártires, que através da luta alcançarão a salvação eterna. Tempere-se estas mentalidades doentias-destrutivas com grupos terroristas, que propagam a ideologia da guerra através das idéias e ações, que disseminam o ódio recíproco como forma de se respeitar a fé...
Alcançar a paz entre este povos é de uma utopia e de uma hipocrisia política que não se pode mensurar. Independente de interesses como o da indústria bélica, este embate escapa às raias da mínima razão e é irreversivelmente tomado pela fé em seu grau mais destrutivo, quando a sanidade perde em absoluto qualquer referencial.
Há de se lamentar e muito a constatação de se tratar de uma guerra sem fim. Enquanto houver muçulmanos e judeus a paz manter-se-á sob o odor das pólvoras da guerra. Quando se unem questões advindas da história, religião, do terror, políticas e de soberania territorial em posições antagônicas em seu sentido mais lato, vislumbrar a harmonia e o mútuo respeito escapa ao controle dos homens e de seus Deuses, neste momento o fogo passa a arder sem não mais se apagar...Qualquer tentativa de paz se amesquinhará em dias de cessar fogo, até o momento que se estoure um "inofensivo" estalinho à se produzir um mínimo ruído... Culpar Palestinos ou Judeus por esta guerra é irrefutavelmente tomar um partido equivocado, pelo menos ao que concerne a exclusão da culpa de um desses povos...
A força do terrorismo nesta região se faz notar em todos os campos possíveis de atuação, e não apenas se faz perceber no lançar de bombas. Exemplo disso foi noticiado, curiosamente, em poucos jornais do mundo. Lembram-se daquele ataque das Forças de Defesa de Israel a uma escola da ONU, que matou 43 pessoas? Pois é. Não foi numa escola da ONU, vale dizer, o que os israelenses vinham dizendo desde o dia 6 de janeiro. Só agora, quase um mês depois, Mawell Gaylord, coordenador de ações humanitárias da ONU em Jerusalém, admite a verdade QUASE 1 MÊS DEPOIS: o morteiro foi lançado numa rua PERTO da escola, mas não contra a escola.
O forjado ataque à escola foi manchete do mundo inteiro e o desmentido, até o momento está apenas no Haaretz. O mundo também não se interessou em manchetar as torturas e execuções sumárias que se seguiram à retirada de Israel de Gaza. Ao que parece a imprensa ocidental se deixou tomar pela lógica terrorista... Esse caso da escola mereceria um justo destaque: HAMAS LUDIBRIA O MUNDO! Dado interessante é que o principal representante das Nações Unidas em Gaza é um sujeito que acredita que os próprios EUA tramaram o 11 de Setembro, é coisa para maluco? Pode ser... Como se percebe, a ausência de sanidade alcança todos os povos independentemente de raça, sexo, credo...

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