A Mesa Diretora do Senado havia decidido autorizar os 81 senadores e 16 líderes de bancada a preencher mais um cargo comissionado de assessor técnico. Detalhe, a vaga é a que possui o maior salário entre os funcionários não-concursados da Casa: R$ 9,97 mil.
Caso efetivado supra despautério, novo auxiliar aumentará a despesa anual do pessoal ativo - hoje de R$ 1,46 bilhão - em mais de R$ 11 milhões por ano. O gasto no período com aposentados é de R$ 600 milhões...
Porém quem teria sido o pai desta locupletosa idéia? Os líderes de bancada juram de pés unidos, um terço em cada e em nome de Deus, que a idéia partiu da Mesa, a Mesa por sua vez afirma em nome de Alá ter partido a ignara dos Líderes... Quem estará à cometer o pecado do perjúrio divino? Se é que ele existe por aquelas bandas...
Ao que tudo indica a Mesa seria o pai da criança... Mas como responsabiliza-la? Assumirá ela a paternidade? Em juízo alegarão que Mesa não faz filho, mas sim, faz-se filhos em cima da Mesa, por isso a Mesa não responderia por seu atos, seria inimputável... Complicado isso, não?
O que mais me impressiona é a falta de sensibilidade do ser humano. Quando o filho nasce bonito e sadio aparecem pais de todos os cantos, é o biológico, é o adotivo (de criação)... vide plano real... criado por FHC e sua equipe, no governo do topetudo Itamar, e adotado com honras de pai pela carranca (Lula), todos se dizem pai... Agora esta verdadeira heresia legislativa, que ainda encontra-se no ventre materno (o Congresso é uma mãe para quem o adota como casa) que no ultra-som de terceira dimensão (3D) apareceu com 3 cabeças e cinco pernas, chifre e rabo estão alegando ser do divino espírito santo ou é da mesa... Será?
Se vier a nascer este pobre filho de ninguém, nascerá odiado por toda uma Nação, pois o povo é cruel e não perdoa as diferenças ( o povo morre de fome e eles de rir)... Sabedores de tais dificuldades seus possíveis pais já ventilam a idéia de um aborto provocado para que não assumam o ônus de sua criação... ônus? Ou seriam bônus? Complicado isso, não?
Além de um "aeticismo" eloqüente, este monstro foi criado sem os devidos cuidados... Pois vejam:
Na Constituição está dito, que caberá ao Senado criar cargos, transformar cargos, estruturar seu quadro pessoal. No regimento da Casa, o artigo é regulamentado dizendo que caberá ao Senado, e não à Mesa, proceder atos ligados à estruturação do quadro pessoal. O presidente do Senado (que nega com veemência a paternidade), vai tentar convencer os integrantes da Mesa a elaborarem projeto de resolução com a criação dos 97 cargos. Dessa forma, o projeto seguiria para votação no plenário da Casa ao invés dos cargos serem criados por iniciativa exclusiva da Mesa Diretora.
Cabe ao povo brasileiro apenas esperar se "os pais" correrão o risco de assumir esta paternidade com seus bônus e ônus publicamente, ou se optarão pelo procedimento abortivo... Por isso, que há casos que defendo o aborto, não sei você...
NOTA FINAL: A Mesa decidiu pelo aborto de seu monstrinho, a má publicidade que haveria ao já esteriotipado Senado pesou pela decisão deste "aborto legal"...
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