A sociedade civil hoje começa a se questionar se o ovo seria realmente oval, pois vejam:
No fim de semana retrasado, a imprensa noticiou que diretores empregavam parentes em empresas prestadoras de serviço, para burlar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe a prática de nepotismo na administração pública. Uma fonte do Senado também informou que nem todas as 131 pessoas ocupam realmente o cargo de diretor, mas que o enquadramento nesta função foi um artifício encontrado por administrações anteriores para aumentar o salário destes funcionários...
No início do mês, o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, pediu afastamento do cargo após vir à tona que ele registrou em nome de seu irmão, o deputado João Maia (PR-RN), uma casa de 5 milhões de reais em Brasília. Ele trabalhava há 33 anos no Senado e estava há 14 na diretoria-geral.
Foi divulgado ainda que o Senado pagou horas extras a mais de 3.000 funcionários da Casa, em pleno recesso parlamentar de janeiro, com gastos estimados em 6,2 milhões de reais.
Também nos últimos dias, o diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi, pediu dispensa do cargo depois de acusação de que um apartamento funcional era utilizado indevidamente por um de seus filhos.
Anunciada com estrépito na semana passada, a “exoneração” de 50 dos 181 diretores do Senado é, por enquanto, só engodo! Preto no branco, ninguém foi formalmente afastado nem do título de diretor nem da gratificação que o acompanha. E mais: Algumas das exonerações que ainda não foram feitas podem ser desfeitas. Pelo menos cinco dos quase-ex-diretores devem sair da lista dos 50.Verificou-se que eles comandam equipes que variam de duas a cinco dezenas de servidores. Seriam, portanto, diretores de fato. Por ora, a única coisa que mudou no Senado foi a conta dos cargos. No começo, eram 131 diretores. Depois, 136. Num terceiro momento, 181. O primeiro-secretário Heráclito Fortes (DEM-PI), vulgo monstro babão, veio à boca do palco para informar que diretores de verdade seriam apenas 38. O resto da lista seria composta de pessoas que, a despeito do título de diretor não dirigem, senão a si mesmos... “Diretores de fantasia”, no dizer de Heráclito...
Crise ética do Senado!
Este vem sendo o comentário mais corrente dos meios de comunicação especializados. Novidade? Ser o Senado um clube de "amigos" onde se processa o pacto de silêncio para a perpetuação dos interesses privados também seria uma surpresa?
A mistura de ineficiência e desmando político-administrativo consentida pelos próprios senadores pode ser medida com os números da estapafúrdia folha salarial. Os R$ 2,1 bilhões gastos em 2007 subiram para R$ 2,8 bilhões no ano passado. Para este ano, a folha salarial é de R$ 3 bilhões - 42,8% de aumento em dois anos. Uma conta fácil de explicar porque muitos dos diretores do Senado, que cuidam só de serviços gerais, ganham até R$ 20 mil mensais.
Este assunto só veio a tona, graças a disputa pelo poder da presidência da Casa entre o "macaco" Tião e a raposa Sarney, ocasião que se fez revelar alguns maus costumes da Casa, quebrando-se o pacto de silêncio, isso tudo em apenas 1 mês e meio...
À título de exemplo, uma das diretorias é a "imprescindível" Diretoria de Apoio Aeroportuário, sob o comando do servidor Carlos Melo Farias, que contava com sete funcionários de sua "confiança". Sua função seria facilitar a vida dos senadores, providenciando os embarques, encontrando vagas em voos, conseguindo transferências de última hora. Na prática, ocupavam-se mais dos parentes e amigos dos senadores do que dos próprios parlamentares, que já costumam chegar com tudo pronto para o embarque. Funcionários de companhias aéreas que operam em Brasília apelidaram Farias de "diretor de fura-fila"...
CURIOSIDADE: As Casas legislativas possuem relevância arquitetônica. A Câmara é representada por uma cavidade voltada para cima, porque teoricamente é um órgão mais jovem, que deve BUSCAR A LUZ, podendo ser mais impiedosa; o Senado tem a cavidade voltada para baixo, por ser um órgão mais conservador, devendo buscar o EQUILÍBRIO... "E o que que eu vou dizer lá em casa"?
No início do mês, o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, pediu afastamento do cargo após vir à tona que ele registrou em nome de seu irmão, o deputado João Maia (PR-RN), uma casa de 5 milhões de reais em Brasília. Ele trabalhava há 33 anos no Senado e estava há 14 na diretoria-geral.
Foi divulgado ainda que o Senado pagou horas extras a mais de 3.000 funcionários da Casa, em pleno recesso parlamentar de janeiro, com gastos estimados em 6,2 milhões de reais.
Também nos últimos dias, o diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi, pediu dispensa do cargo depois de acusação de que um apartamento funcional era utilizado indevidamente por um de seus filhos.
Anunciada com estrépito na semana passada, a “exoneração” de 50 dos 181 diretores do Senado é, por enquanto, só engodo! Preto no branco, ninguém foi formalmente afastado nem do título de diretor nem da gratificação que o acompanha. E mais: Algumas das exonerações que ainda não foram feitas podem ser desfeitas. Pelo menos cinco dos quase-ex-diretores devem sair da lista dos 50.Verificou-se que eles comandam equipes que variam de duas a cinco dezenas de servidores. Seriam, portanto, diretores de fato. Por ora, a única coisa que mudou no Senado foi a conta dos cargos. No começo, eram 131 diretores. Depois, 136. Num terceiro momento, 181. O primeiro-secretário Heráclito Fortes (DEM-PI), vulgo monstro babão, veio à boca do palco para informar que diretores de verdade seriam apenas 38. O resto da lista seria composta de pessoas que, a despeito do título de diretor não dirigem, senão a si mesmos... “Diretores de fantasia”, no dizer de Heráclito...
Crise ética do Senado!
Este vem sendo o comentário mais corrente dos meios de comunicação especializados. Novidade? Ser o Senado um clube de "amigos" onde se processa o pacto de silêncio para a perpetuação dos interesses privados também seria uma surpresa?
A mistura de ineficiência e desmando político-administrativo consentida pelos próprios senadores pode ser medida com os números da estapafúrdia folha salarial. Os R$ 2,1 bilhões gastos em 2007 subiram para R$ 2,8 bilhões no ano passado. Para este ano, a folha salarial é de R$ 3 bilhões - 42,8% de aumento em dois anos. Uma conta fácil de explicar porque muitos dos diretores do Senado, que cuidam só de serviços gerais, ganham até R$ 20 mil mensais.
Este assunto só veio a tona, graças a disputa pelo poder da presidência da Casa entre o "macaco" Tião e a raposa Sarney, ocasião que se fez revelar alguns maus costumes da Casa, quebrando-se o pacto de silêncio, isso tudo em apenas 1 mês e meio...
À título de exemplo, uma das diretorias é a "imprescindível" Diretoria de Apoio Aeroportuário, sob o comando do servidor Carlos Melo Farias, que contava com sete funcionários de sua "confiança". Sua função seria facilitar a vida dos senadores, providenciando os embarques, encontrando vagas em voos, conseguindo transferências de última hora. Na prática, ocupavam-se mais dos parentes e amigos dos senadores do que dos próprios parlamentares, que já costumam chegar com tudo pronto para o embarque. Funcionários de companhias aéreas que operam em Brasília apelidaram Farias de "diretor de fura-fila"...
CURIOSIDADE: As Casas legislativas possuem relevância arquitetônica. A Câmara é representada por uma cavidade voltada para cima, porque teoricamente é um órgão mais jovem, que deve BUSCAR A LUZ, podendo ser mais impiedosa; o Senado tem a cavidade voltada para baixo, por ser um órgão mais conservador, devendo buscar o EQUILÍBRIO... "E o que que eu vou dizer lá em casa"?
Um jovem drogado que não se ilumina e um velho desequilibrado feito um ovo... E a sociedade passa a se perguntar, seria o ovo mesmo oval? Cada sociedade com a pobreza ou riqueza de seus questionamentos... Fazer o que... Antes tardiamente que nunca...
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