17 março, 2009

O BRASIL REAL E O DA FICÇÃO. A QUAL VOCÊ PERTENCE?

Os poderes no Brasil estão mais altruístas que nunca... Enquanto o Judiciário capitaneado pelo STF puxa a carruagem em direção a uma maior usurpação do erário público o legislativo procura o engate... E o executivo? Este permanece a ignorar a crise com a produção de mega eventos e viagens nababescas...
O ano ainda está no começo e a crise econômica, ops, "marola" se agravou, mas as faturas dos cartões corporativos utilizados pela Presidência da República já registram gastos de R$ 2,785 milhões, 65,5% de tudo que foi gasto com os cartões em 2008: R$ 4,250 milhões.
As despesas se referem principalmente aos gastos com as viagens do presidente Luiz da Silva, com as comitivas do presidente e as equipes de apoio e de segurança. Parte dessas despesas foram realizadas em dezembro de 2008, mas faturada em 2009.
Os gastos entre 1º de janeiro e 11 de março deste ano representam uma alta de 405,8% sobre as despesas do primeiro trimestre de 2008. De janeiro a março do ano passado foram gastos com os cartões corporativos R$ 550,6 mil. Os R$ 2,785 milhões deste ano foram gastos só até 11 de março, data em que foi fechado o levantamento. Até o fim do trimestre, a alta registrada será ainda maior...
Os cartões corporativos são usados no governo com o objetivo de pagar despesas diversas, incluindo hospedagem e alimentação nas viagens presidenciais. Segundo a Casa Civil, o aumento das despesas com cartão corporativo em 2009 é reflexo das viagens do presidente Lula realizadas ainda em 2008 e de eventos organizados pela Presidência, que têm a presença de delegações estrangeiras, como, por exemplo, a Cúpula em Sauípe e o Fórum Social em Belém...
Em completa dissonância da despreocupada marolinha presidencial está o banco Norte-Americano Morgan Stanley. A notícia encontra-se no site da Bloomberg, e a nós resta-nos a torcida para que o tiro não acerte o peito desta combalida sociedade, apresentando-se como mais um grande erro de mira do Tio Sam... O banco americano Morgan Stanley refez suas projeções sobre o crescimento (ou a falta dele) na América Latina e chegou à conclusão de que a região terá uma contração de 4%. O Brasil? Em vez de crescimento zero, deve retrair brutais 4,5%. As apostas estão postas, e você creditaria suas expectativas em qual desses paradigmas de opinião às avessas? Dado o conjunto da obra, seria no mitômano "alienado" ou na "agência especializada", que está no núcleo da crise, mas já se mostrou um tanto perna de pau em matéria de análises de mercado... Quem sabe um termo médio desses extremos se aproxime um pouco da realidade...
Inclusive o Presidente afirmou que a crise é uma oportunidade para ele e para o Presidente dos EUA, Barack Obama...
"A crise é uma oportunidade para pessoas como Obama e como eu, que estou seis anos em mandato e poderia estar cansado. Esta crise veio me provocar, me desafiar e vai me dar motivação para fazer mais do que fizemos até agora", disse Lula.
Duas observações pertinentes: A primeira seria a completa ausência de auto-crítica por parte de nosso analfa-funcional ao comparar-se... e a segunda sua "nova" motivação para permanecer no poder... Uma bucéfala e outra temerária... Qual seria a campanha? Fica Lula! Ou Dilma é Lula! Ambas dariam um thriller estilo Zé do Caixão, não? SAI DE RETRO E SEGUE TEU RUMO!
FIQUE DE OLHO!
A PETROBRÁS, na figura de seu presidente José Sérgio Gabrielli, busca reverter a perda de valor de mercado da companhia em função da desvalorização do petróleo no mercado mundial. De acordo com o ranking PFC Energy 50, a estatal perdeu 60% em valor das ações na escala relativa a 2008 em comparação ao ano anterior, ficando seu valor de mercado em US$ 96,8 bilhões. Comparando com o segundo trimestre de 2008, o valor de mercado da companhia brasileira estava próximo de US$ 300 bilhões.
Um dos métodos adotados pelo presidente da Sociedade de Economia Mista para recuperar valor de mercado consiste num plano de investimentos de US$ 174,4 bilhões para o período de 2009 a 2013. Parte deste dinheiro já foi adiantado pela CEF à título de um empréstimo de emergência de U$ 2 bilhões, outra parte dos recursos virão do BNDES (US$ 11,9 bilhões) e o doloroso virá de seu bolso... Pois é, o consumidor receberá mais uma facada para que os investidores estrangeiros não fiquem no prejuízo... Você deve estar se perguntando de que forma sua "ausência" de dinheiro sairá de seu bolso? Simples, já está saindo... O consumidor está pagando algo entre 60 e 70% a mais do que deveria pelos combsutíveis, pois a Petrobrás não repassou a queda dos preços do petróleo no exterior para o mercado interno... Ela continua a vender o produto lá fora de acordo com a cotação no mercado internacional, na casa dos U$ 40. Para o mercado interno, o que vale é a cotação do maior preço... A estatal mantém para o brasileiro os preços com base na cotação de julho de 2008, quando o barril atingil U$ 147...
Onde estariam os meios de comunicação neste momento? Imersos em um sombrio silêncio complacente, já que o Governo e a Petrobrás são seus maiores anunciantes... Não esqueça, são as verbas publicitárias que os sustentam e a alienação pela desinformação popular se apresenta como uma regra do jogo...

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