É de impressionar a capacidade de Lula para o jogo. Não resta dúvida tratar-se de um jogador habilíssimo, com um poder inconteste para representar papéis. Lula é o grande BBB deste país, possuido pela entidade do "coitadinho" se fez vender como mais um dos injustiçados do sistema e o mais ferrenho opoente do capitalismo neo-liberal. Alcançou o status de celebridade anunciando-se como representante dos oprimidos no combate a imoralidade pública, e venceu. Venceu e permanece à vencer por ele, por seus familiares, por seus amigos e correligionários, cada qual com seus milhões multiplicados na engrenagem da máquina pública...
Os seus multiplicaram seus dinheiros e poderes por valores exponenciais inescrupulosamente aferíveis, para isso utilizou-se de um moderno modelo de lavagem cerebral, retirando paulatinamente as oportunidades de subsistência de seus representados, e ofertando o assistencialismo indutor da omissão cidadã... Blindou-se dos mais absurdos escândalos internos e externos de poder em troca do irrestrito apoio ao sistema de interesse privado, distribuindo-lhes o véu da mais escrachada impunidade. Doou dinheiro nacional para agradar los hermanos da comuna. Criou uma nova espécie humana e a fez superar a tradicional homo sapiens, o "homo amebis", e só.
A quatro dias da segunda cúpula do G-20, o canal de TV americano CNN pôs ontem no ar uma entrevista na qual o presidente Lula da Silva se diz um "estranho no ninho" toda vez que participa desse tipo de encontro. Alega, que o G-20 tornou-se um agrupamento mais representativo que o G-8, as sete economias mais ricas do mundo e a Rússia, para tratar dos grandes desafios mundiais nas áreas de economia, energia e clima. Mas, dentre os líderes que se reunirão em Londres, ele afirmou ser o único que surgiu da pobreza e da fome e frisou que conhece, na pele, o drama das inundações e do desemprego.
"Eu vivi em casas que eram inundadas, com até um metro e meio de água. De vez em quando, tinha de disputar espaço com ratos e baratas", disse o pobre ser Lula ao programa GPS, que o apresentou, em uma vinheta, como "o Presidente com a maior popularidade do mundo".
"Eu sei o que o desemprego significa porque fiquei sem trabalho por umo ano e meio. Eu conheço o problema que um desempregado enfrenta. Eu conheço o mundo do trabalho mais do que qualquer um", completou o presidente, comparando-se aos líderes do G-20.
Como se percebe o discurso externo é unívoco, e guardada as naturais diferenças quanto aos seus ouvintes é o mesmo que lavou mentes e dinheiros internamente. Em uma época de grande expansão mundial cresceu o mínimo que podia, implantou a política de seu antecessor, o até então "repudiado" neo-liberalismo, uniu os programas de seu antecessor conferindo outra denominação, esta mais emblemática, favorável e ao invés de assistir os desamparados até que fossem amparados, desamparou outros tantos e distribuiu os confiscatórios impostos entre a maioria social que o elegerá... Comprados por suas profundas ausências, que em geral caracterizam a espécie homo amebis, olham mas não conseguem enxergar o mais competente jogador BBB deste país...
Olho a crise mundial, ouço o discurso de Lula e passo a imaginar o vislumbre de Lula por um cargo na ONU, isso é claro se o anti-democrático golpe na Constituição não o ditar "permanentemente" no poder. São nos momentos de crise que estes populismos devastadores da dignidade da pessoa humana sabem trabalhar, por isso, Obama que se cuide, caso não logre êxito na peleja da crise, Lula pode tomar-lhe o papel de queridinho no mundo, pois embora não possa vestir-se de negro não tem problemas com esmola e sabe mendigar como ninguém, ainda que apenas através das palavras que o vento leva...
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