Aqueles onze “distintos” senhores literalmente possuem o
poder, mas possuem o poder pulverizado entre onze, não deveriam esquecer... Não
temos onze “He-Mans” como imaginam, a força é conjunta, a força está no
Supremo, no “Castelo de Grayskull constitucional”. Se cada um dos membros se
sentirem com poder de gritar “Eu tenho a força!”, de per si , se digladiarem entre si EGOistamente, a força do “Castelo
de Grayskull” será facilmente anulada, e o Esqueleto (a força do mal) passará a
ter o poder...
Vou poupar-me de reproduzir a pequinesa do diálogo
protagonizado pelos senhores Peluso e Barbosa divulgado amplamente pela
imprensa oficial. Repleto de ataques pessoais, de argumentos ad-hominem, protagonizou-se mais um
capítulo triste onde não se discutiu qualquer solução de objetivo
institucional, tão apenas alardeou-se à sociedade, via imprensa (meio irrazoável),
que o conflito não está apenas onde se faz legítimo e necessário, no plenário
da Casa, mas perpassa para os aspectos da individualidade de seus membros, em
alusões claras ao caráter e probidade de alguns, um inexorável perigo para a
credibilidade de cada decisão institucional exarada, que passa a estar em
cheque à partir dos relatos veiculados...
No mérito da “Suprema baixaria”, se fosse proferir meu voto,
condenaria ambos e de forma exemplar... Peluso, ministro ultra-conservador de
votos impopulares, muitas vezes distante do interesse da sociedade, mostra-se
um positivista pouco preocupado com as realidades fáticas e extremamente
parcimonioso com os membros do poder... Joaquim Barbosa percebo um membro de
difícil trato, com recalques arraigados nas profundezas de sua alma por
questões de cor (étnico-raciais), que jamais deveriam se fazer presentes em qualquer Casa , e
haveria de ser inimaginável em nosso Tribunal
Constitucional , mas devo destacar sobretudo, um ministro com
retidão de caráter, que prima por decisões preocupadas com nossas realidades
sociais que em grande parte se dissociam dos interesses dos membros de poder.
Acho que ao descrever minhas percepções das duas grandes
proeminentes figuras, deixo clarividenciada minhas preferências. Porém, o
acontecimento é um fato que não poderá passar como uma má brisa (até por em
nada se assemelhar a uma brisa), mas nem como um sudoeste que virou o tempo e
no dia seguinte se fez novamente ensolarado. A tempestade foi passada a
imprensa e alcançou cada um de nós nos encharcando de dúvidas que necessitam
ser dirimidas. No Congresso essas verdadeiras denúncias informais (via
imprensa) fatalmente dariam azo à abertura de CPIs, que terminariam em algumas
das mais badaladas pizzarias de Brasília. No Supremo esperamos um outro final,
onde a transparência de cada membro colocada em cheque seja revelada, ainda que
em tom opaco, tudo para o bem de nossa democracia e a mantença do respeito da
sociedade por um dos poucos poderes/funções que contam com algum prestígio ético-moral
perante a sociedade.
As acusações são sérias e não podem ser relevadas sob pena
do descrédito de grande parte do que se construiu neste Tribunal “político”
constitucional...
Em meu último texto destaquei ser eu um amasiados do poder
das palavras. Infirmei que muitas vezes o silêncio como comunicação simbólica
pode revelar-se uma bomba detonada. E agora acrescento aos senhores
jurisconsultos que o silêncio tem seu momento ideal e por vezes passa a não ser
a melhor solução... Em português claro, se fizeram cagadas, agora sentem em suas
merdas para que o cheiro não se espalhe...
Sem mais.
3 comentários:
Olá meu rapaz,
Não é do meu costume comentar nada na internet, mas por acaso caí nesse blog e não pude deixar de me manifestar. De grande qualidade são os seus textos, para poucos qualificados intelectualmente. Sei jeitão de escrever é bem diferente do que vejo, fala com seriedade quando tem que falar e ironiza quando cabe no tom correto. Meu parabéns pelo belo trabalho. Não vou me identificar por razões de cunho profissional, mas acompanharei suas criações.
Concordo com tudo. Onde assino? hehe
Muito bom seu blog!
Muito bem formulados seus posts brincado com seriedade e muito conteúdo. Continue seu belíssimo trabalho. Trabalhos de excelência como o seu são raríssimos e devem ser fomentados!
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