20 julho, 2007

ACM...

ACM, leal as suas convicções e interesses, por vezes um leão, outras raposa. Foi figura marcante da nossa história política recente. Da mesma forma, que apoiou o golpe militar, p. ex, estava ao lado da retomada democrática. Como se pode perceber é um vencedor nato, está sempre no lugar certo, entre os vencedores, deve ser por conta de sua personalidade forte...Politiqueiro na real acepção da palavra, colaborou com o esteriótipo de que "político é tudo ladrão", dando as reais conformações desta categoria de predestinados a nos decepcionar, se é que isso ainda é possível... Para uns seu "aDeus" será no inferno e para outros deixará saudade, e para vc?Para mim está de bom tamanho, não tenho mais nada que queira falar a respeito deste cidadão, desejo-lhe que tenha a sorte que fez por merecer!!! Sem mais.

19 julho, 2007

TAM: Morte Compartilhada

Essa crônica que escrevo não tem por foco propiciar uma crítica irreverente como é a alma deste blog, mas tão apenas consternar ser parte de uma sociedade passiva e inerte em sua própria ignorância e incompetência, que se faz e se deixa manipular pela vergonha.
Querem culpar um ser humano, o piloto, pelo acidente catastrófico não apenas da aviação nacional, mas da história nacional. É o eterno repasse de responsabilidades, de preferência à quem não tenha mais como se defender. Tivemos que suportar declarações ridículas como a da ameba plastificada Martha Suplicy, que a essa altura deve estar gozando feito uma louca, como também a de Guido Mantega, que atribuiu o caos aéreo ao crescimento da economia nacional. Morreram mais de 200 numa só tacada, quem será o próximo responsável pelas mortes que ainda estão por vir nessa latrina mundial, onde somos os primeiros a cagar em nossas cabeças quando escolhemos quem nos representam? Por certo mais um cidadão comum...
Acredito que melhor será repartir a culpa entre cada cidadão, que conta com livre arbítrio de suas escolhas, que embora represente a marca de uma democracia necessária tem a potencialidade da auto-destruição se exercida "fecalmente" como a nossa!!!!!!!!!!!!
Por essa morte compartilhada não responderemos, nem muito menos seremos punidos com a pena de prisão, mas os dignos manter-se-ão aprisionados por suas culpas!!!!!!!!

17 julho, 2007

A volta do apagão

Minha reverência à abertura do Pan, foi realmente linda, e conseguiu estampar a verdade de uma nação vista de baixo para cima. O povo teve voz, ou garganta, não sei... Sentimo-nos libertos para o expurgo de nossas emoções. Só não expressou emoção quem não podia, a esposa de nosso presidente por exemplo, por total impossibilidade de suas feições plastificadas modificarem-se... Lula chegou sorrindo, mas ao adentrar no estádio perpetuou sua cara de carranca, esta sim legítima e verdadeira.
Pela primeira vez Lula não contou com aquela centena de pobres seres, que vendem seus aplausos em troca de um prato de feijão, podendo brindar-nos com seu sonoro silêncio, que por certo disse muito mais que suas palavras, foi indubitavelmente seu melhor discurso. Fez-nos lembrar seu apagão por ocasião do mensalão...
Houve como gosta de dizer, a quebra de mais um protocolo. Pela primeira vez na história dos Jogos Panamericanos, não foi um Chefe de Estado quem deu início aos jogos. Vimos a patética cena de nosso presidente empunhando um microfone em mãos, com um sorriso amarelo e constrangido no rosto tentando emitir sonoridade, até que se deu conta, que falava tão apenas com o "nínguem" como sempre deveria ser, enquanto Nuzman anunciava oficialmente a abertura dos Jogos.
Parodiando Lulático em suas criativas frases de efeito diria que, entre mortos e feridos salvaram-se todos: Lula pôde se orgulhar com mais um protocolo quebrado, tendo mais uma oportunidade de entrar para história, não apenas como o mais corrupto governo da história, mas para história do esporte, que ele tanto diz amar; e nós, o povo brasileiro, tivemos a oportunidade de expressar o que estava reprimido no peito, calando quem já deveria ter nascido mudo, foi realmente uma festa completa!!

09 julho, 2007

Sem impunidade não é Brasil

Corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, peculato, desvio de verbas, seqüestro e até mesmo homicídio são crimes que se cometidos pelo cidadão comum haverá real obediência ao que prescreve nossa carta magna, que propugna pela efetiva prestação da tutela jurisdicional, ainda que as vezes, de forma um tanto morosa e portanto nem tão efetiva assim. Porém, esses mesmos crimes se praticados por cidadãos eleitos por nós para nos representar ou representar um de nossos Estados membros contam com o manto impenetrável da impunidade, que encontra sua sólida base de sustentação no corporativismo e no foro privilegiado desses seres intangíveis. Hoje existem quase 140 processos movidos pelo MP, no STF, contra Deputados Federais, Senadores, Ministros e Presidente que ficaram impunes, não pelo resultado absolvição, mas sim pela prescrição... Não houve até hoje nenhuma autoridade condenada no país pelo STF, tribunal este completamente desaparelhado para produção da fase processual probatória, e que, por isso mesmo deve ter recebido a incumbência de ser o responsável pela investigação e julgamento de nossas maiores autoridades públicas... Quando se acena com a possibilidade de se discutir o término do foro privilegiado, que eles preferem chamar de foro por prerrogativa de função, por melhor soar perante a opinião pública, o Congresso Nacional em peso se nega a deliberar sobre o assunto, quanto mais votar pelo seu término, afinal, é a segurança jurídica de que não serão jamais condenados por seus crimes, já que extinta estará a punibilidade pela prescrição. Com isso, pode-se dizer sem risco de leviandade, que o que é crime para o cidadão comum é um nada jurídico para esses seres inatingíveis, que matam; corrompem e são corrompidos; desviam dinheiro público para manutenção desse estado de prevaricação estatal corporativo; com a certeza de que a estrutura da impunidade os amparará, contando inclusive com a providencial legitimação do povão, que os reelege, mantendo-os respondendo pelos seus "crimes" com o privilégio da impunidade...