O mapa do Brasil para os brasileiros não possui o mesmo recorte do apresentado nas escolas americanas e européias... A divergência encontra-se justamente na Amazônia, que para as nações alienígenas seria um território neutro e patrimônio ambiental da humanidade... Segundo escolas americanas a Amazônia seria um "território internacional sob a responsabilidade dos Estados Unidos"... O mapa estaria na página 76 de um livro intitulado "Introdução à geografia" de David Norman.
Essa "tendência" de internacionalização da Amazônia não vem de hoje. Cristovão Buarque, há quase uma década, quando participava de uma dada palestra em Nova York, foi interpelado por um estudante para que desse sua posição como humanista e não como brasileiro sobre a dita internacionalização da Amazônia. Naquela ocasião, Buarque admitiu, que em caso de risco de degradação ambiental a Amazônia deveria, sim, ser internacionalizada, mas acrescentou com propriedade, temperada com uma gota de ironia, que na mesma linha, tudo que tivesse importância para humanidade ou pudesse colocá-la em risco, também deveria ser internacionalizado, as reservas de petróleo, o capital financeiro, os arsenais atômicos, e sobretudo as crianças pobres de todo mundo, que precisariam de mais cuidados que a Amazônia.
Neste domingo (17), o NY Times estampou uma matéria que questionava: "DE QUEM É A AMAZÔNIA AFINAL ?"
Destacava a matéria em síntese:
Que a sugestão feita por líderes globais de que a Amazônia não é patrimônio exclusivo de nenhum país estaria causando preocupação no Brasil. No texto intitulado "De quem é esta floresta amazônica, afinal?", assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro Alexei Barrionuevo, o jornal diz que "um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território".
O jornal cita o ex-vice-presidente americano Al Gore, que em 1989 disse que "ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós"."Esses comentários não são bem-aceitos aqui (no Brasil)", diz o jornal. "Aliás, eles reacenderam velhas atitudes de protecionismo territorial e observação de invasores estrangeiros escondidos."
O jornal afirma, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta aprovar uma lei para restringir o acesso à floresta amazônica, impondo um regime de licenças tanto para estrangeiros como para brasileiros."Mas muitos especialistas em Amazônia dizem que as restrições propostas entram em conflito com os próprios esforços (do presidente Lula) de dar ao Brasil uma voz maior nas negociações sobre mudanças climáticas globais - um reconhecimento implícito de que a Amazônia é crítica para o mundo como um todo", afirma a reportagem.
O jornal afirma, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta aprovar uma lei para restringir o acesso à floresta amazônica, impondo um regime de licenças tanto para estrangeiros como para brasileiros."Mas muitos especialistas em Amazônia dizem que as restrições propostas entram em conflito com os próprios esforços (do presidente Lula) de dar ao Brasil uma voz maior nas negociações sobre mudanças climáticas globais - um reconhecimento implícito de que a Amazônia é crítica para o mundo como um todo", afirma a reportagem.
O jornal diz que "visto em um contexto global, as restrições refletem um debate maior sobre direitos de soberania contra o patrimônio da humanidade"."Também existe uma briga sobre quem tem o direito de dar acesso a cientistas internacionais e ambientalistas que querem proteger essas áreas, e para companhias que querem explorá-las."
"É uma briga que deve apenas se tornar mais complicada nos próximos anos, à luz de duas tendências conflituosas: uma demanda crescente por recursos energéticos e uma preocupação crescente com mudanças climáticas e poluição."
De tudo que já foi e está sendo dito, retira-se pontos que se mostram significativos para manutenção de nossa soberania. Discutir que os EUA, Japão e China são os maiores poluidores do mundo é procrastinar nosso problema, até porque muito antes dessas nações adotarem políticas restritivas de crescimento, em prol de um ambiente ecologicamente saudável, a Amazônia terá oficialmente se tornado terra de ninguém, ou quem sabe de todos, ou quem sabe ainda, território americano de proteção ambiental. Teremos passado por apelos tupiniquins no sentido de que: "A Amazônia é nossa", o que certamente, ainda que oficiosamente, não mais seja...
É um assunto delicado, que mexe diretamente com soberanias, e de um apelo inexorável, tendente ao agravamento com o tempo. São milhares de mortes, que se vêm sucedendo, advindas de uma incalculável reação da natureza contra o homem, seu inimigo e destruidor. A física dos homens, que foi capaz de decifrar a teoria de que "a cada ação corresponde uma reação inversamente proporcional" serve também para entender, que a natureza é adepta da autotutela, e que morte ela responde com morte... Se essa conseqüencia natural pode em um primeiro momento te chocar, é prática muito comum, inclusive entre os homens com as penas de morte na nação Ianque...
Se nosso "sagaz" Presidente permanecer omisso e sem medidas de cunho protetivo efetivo, além de entregar o país, novamente "monstrificado" com o retorno da inflação, entregará o Brasil à menor, fruto de uma completa incompetência de gestão... Fechar os olhos quanto ao fato de que vêm das fronteiras da Amazônia nossos maiores problemas é entregar a maior riqueza deste país de mão beijada às maiores nações... Passa por lá a principal rota do tráfico de drogas e armas internacional que estão a abastecer a violência do país e impedir qualquer medida tendente à paz social. As FARC, por sinal, já está "usucapindo" parte dessa terra de ninguém, é uma questão de tempo para que organismos internacionais "americanos" também se apoderem, mas neste caso acobertados pela "nobreza de motivos" como o de salvar a humanidade...
Por que ao invés de votar para onerar os já insolventes e falidos brasileiros com a CPMF, não se está votando por uma alteração constitucional para retirar o exercito do ócio, e lhe oferecer efetividade na proteção do território nacional? Tirá-los dos quartéis e colocá-los na Amazônia, não só nas fronteiras, é dar inclusive um basta no desmatamento e nas pretensões americanas com relação ao "pulmão do mundo"... A Amazônia hoje talvez seja a maior ambição americana como solução para os seus maiores problemas, que vai da recessão à "saúde ambiental do mundo"... Não tardará, se a política da omissão continuar ouviremos o slogan:
"A AMAZÔNIA É DO MUNDO", leia-se Ianque...
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