Pré-sal tornou-se o must do momento, principalmente entre o governo e os políticos do PT...
Não há mágica nem alquimia imaginável: para transmudar em riqueza o petróleo do pré-sal restará imperioso unir-se a melhor tecnologia disponível e muito dinheiro - centenas de bilhões de dólares, acreditem, segundo as preliminares estimativas... Enquanto não se puder prospectá-lo, teremos apenas um recurso natural, uma reserva de imensas possibilidades para o País, nada além... Mas por agora, o governo está mais interessado em fazer política e não de explorar as riquezas naturais, até mesmo pela ausência de tecnologia nacional capaz de tal mister. Por isso, transformou a nova descoberta num paradigma político, matéria-prima precípua da próxima campanha para a Presidência, mesmo antes de saber se e como será explorado seu potencial econômico...
Literalmente porém, o Exmo. Sr. Demagogo Presidente da República, ainda conta, e não apenas conta, mas investe, com o ovo ainda no cú da galinha... Não é difícil saber de onde poderá vir a necessária tecnologia. A Petrobrás é líder mundial na pesquisa e na exploração de petróleo em águas profundas. À sua capacidade poderá agregar-se outras empresas de capacidade técnica reconhecida, é fato, não se sabe a que custo... Mas tem cabida a pergunta: de onde virão as centenas de bilhões de dólares necessários a este mega empreendimento? Os custos serão imensamente maiores que os da produção petrolífera na Arábia Saudita e até na Noruega. Será preciso explorar jazidas situadas a mais de 200 quilômetros da costa e a mais de 6 mil metros abaixo do nível do mar. Serão necessárias dezenas de sondas a um custo unitário aproximado entre US$ 700 milhões e US$ 1 bilhão, plataformas avaliadas em cerca de US$ 1,5 bilhão cada uma e um gigantesco sistema de dutos, navios e helicópteros...
Nosso histrônico Presidente ao mesmo tempo que faz uso eleitoral do pré-sal tratando-o como se fosse uma grande obra de seu governo e não uma riqueza mineral, se enrola, como de costume, em seus vômitos verbais, se mostra trôpego nas ações... Nosso "Lulático", Chefe de Estado e de Governo, resolveu estrambolicamente não se sabe porquê, pôr a Petrobrás sob suspeição, e tratando-a como empresa divorciada dos interesses nacionais, inclusive cogitando da criação de uma empresa pública para tal mister...
"O Brasil não é da Petrobrás", proclamou...
Noutra circunstância, esta menção seria de toda inútil e burlesca , assim como a ressurreição da campanha "o petróleo é nosso" - assunto desenvolvido e sacramentado há mais de 50 anos e reconfirmado, sem alteração, na presente Carta Magna e na Lei do Petróleo... Não me furtarei porém, a perguntar ao nosso "estrumado" Presidente: O que faremos sem a Petrobrás? Cagarás em barris na Granja do Torto e chamarás de petróleo? Pode ser até que o povo acredite ser petróleo, só não sei se terá valor de mercado... Acho que vai feder... Certamente porém, servirá como vem servindo como alvoroço especulativo para economia...
Enquanto procura ignorar a questão preliminar de como obter recursos para explorar o pré-sal, o governo alimenta uma discussão extemporânea sobre apropriação, divisão e o uso de uma riqueza indisponível ainda por muitos anos. Sua ignóbil alegação do interesse permanente do País, é grotescamente hipócrita. Para o presidente, o petróleo do pré-sal não é de fato uma questão de Estado, mas de política governamental de um grupo partidário...
De fato, o que se tem por hora é uma riqueza ainda incalculável, tanto ao que tange o aspecto material quanto o investimento necessário para sua exploração... Não se tem por definido, e nem se terá tão cedo, o custo-benefício da sonhada prospecção. O que se conseguiu com o alarde de fundo eleitoreiro, foi a criação de uma enorme especulação no mercado financeiro e a atração de uma maior cobiça para o território tupiniquim, que passou a esbravejar para o mundo ter tudo o que um dia o mundo não mais terá mais para subsistir: verde para desmatar e petróleo para explorar. O que não temos e precisamos urgentemente arrumar são armas para nos defender...
"Alea jacta est"
Nenhum comentário:
Postar um comentário