Fazer política é isso?
É... Fazer política é isso...
É? É o que?
É isso...
Desta forma parece mais confortante falar sobre política? Ledo engano, à depender do tratamento destinado ao destinatário...
É desta forma que um senador, que diz ter que ser respeitado por seu passado, e que encontra-se mais em voga no presente momento, pelos sucessivos escândalos que o tocam, tentou proceder a um conceito explicativo à uma criança de 6 anos de idade, neto de um convidado que encontrava-se em sua casa, do que seria fazer política, após ter sido questionado do por que de tantas pessoas falando mal dele na internet e em sua escola...
Foi literalmente assim que tudo aconteceu:
Após ter sido questionado da forma acima, seu discurso iniciou-se explicando ao impúbere, "que política seria assim mesmo, muitos teriam inveja, um sentimento feio, e gostariam de ocupar sua posição, por isso falam mal, inventam coisas e me culpam para que eu peça para sair, para que eles possam ocupar meu lugar... Seu papai e o Lula por exemplo gostam, não gostam de mim? É que o Lula e o seu papai me conhecem e não querem pegar o meu lugar, então não precisam inventar mentiras... Entendeu? Mas isso meu filho é fazer política, é normal..."
O pequeno infante, no entanto, não satisfeito com o discurso, voltou a impiedosamente questiona-lo: "Mas o que é fazer política?"
Na realidade o garoto não havia compreendido sua explicação, e o assunto terminou com o senador indicando seu papai (da criança) para maiores explicações. Pobre papai... Ou não?
Deste verídico conto, retira-se por exemplo, que alienar a opinião pública pode ser tarefa bem menos árdua que ludibriar uma inocente criança...
Mas "cá pra nós", o que seria fazer política?
Lula por exemplo, teria uma visão interessante do que seria fazer política. Para ele fazer política seria negociar favores, traficar influências e abraçar "amigos" e "inimigos" com o mesmo calor, pois o inimigo de ontem pode ser o amigo de amanhã... Lula por exemplo, tornou-se aliado político e confidente de Fernando Collor de Mello, que dividem o aerolula e o mesmo palanque... Disse Lula:
“Quero fazer Justiça ao senador Collor e ao senador Renan, que tem dado sustentação ao governo em seu trabalho no Senado". O até pouco tempo improvável e até histórico encontro de "ontem" fez-se rotina "hoje", sendo selado com um apertado abraço, sorrisos, gracejos e compromissos...
Na mesma semana o Governador Aécio Neves, a sombra, também encontra sua melhor forma de fazer política: Eterno pré-candidato à Presidência do PSDB, eterno preterido, recebeu à seu convite o outro eterno pré-candidato Ciro Gomes em mais uma estranha aliança de interesses políticos... E o que se fez desta vez com a política? O obvio, Ciro atacou os tucanos paulistas e em especial seu desfeto José Serra... Aécio? Bem, Aécio mudo e sorridente em nada foi surpreendido, agradeceu o apoio e a presença... Declarações pra lá de previsíveis, melhor, combinadas e desejadas... Na realidade, Ciro quer a Vice- Presidência da General Roussef, mas Lula já acenou que esta vaga pertencerá a um peemedebista... Ciro, porém, não descarta a Vice de Aécio e também a vê com bons olhos, assim como o próprio Aécio, porém Ciro se incompatibilizou com os tucanos paulistas, em especial com Serra e FHC por seus ataques infundados... A terceira opção de Ciro e ao que tudo indica a mais viável, é a de desconstituir esta pusilânime oposição e ganhar a blindagem da eterna e fiel amizade de Lula, Dilma agradece...
Por isso, a árdua tarefa de explicar a uma criança o que seria fazer política, pode descambar para o campo do ilógico, do inexplicável, da distração de um doce...
O final da conversa, que colei ao início deste post, foi o pai da criança dizendo: "Cala boca meu filho, isso não é assunto de criança! Mas o papai quando sair daqui vai te levar para tomar aquele sorvete que você gosta..."
Cresce mais um ser alienado e corrompido em seus valores pelo meio... Na realidade seu papai fez seu papel, prepara seu filho para vida e começa a mostrar a seu rebento como as coisas bem funcionam na prática, que nem tudo deve ser visto ou questionado e que nem para tudo há uma resposta lógica, que ficar calado e se fingir de morto por vezes é a melhor solução... Isso seria uma visão contemporânea do que seria fazer política... Aos pouco, com a idade, o gran finale do cinismo e da inescrupulosidade se adquire, e nasce mais um politico...
É... Fazer política é isso...
É? É o que?
É isso...
Desta forma parece mais confortante falar sobre política? Ledo engano, à depender do tratamento destinado ao destinatário...
É desta forma que um senador, que diz ter que ser respeitado por seu passado, e que encontra-se mais em voga no presente momento, pelos sucessivos escândalos que o tocam, tentou proceder a um conceito explicativo à uma criança de 6 anos de idade, neto de um convidado que encontrava-se em sua casa, do que seria fazer política, após ter sido questionado do por que de tantas pessoas falando mal dele na internet e em sua escola...
Foi literalmente assim que tudo aconteceu:
Após ter sido questionado da forma acima, seu discurso iniciou-se explicando ao impúbere, "que política seria assim mesmo, muitos teriam inveja, um sentimento feio, e gostariam de ocupar sua posição, por isso falam mal, inventam coisas e me culpam para que eu peça para sair, para que eles possam ocupar meu lugar... Seu papai e o Lula por exemplo gostam, não gostam de mim? É que o Lula e o seu papai me conhecem e não querem pegar o meu lugar, então não precisam inventar mentiras... Entendeu? Mas isso meu filho é fazer política, é normal..."
O pequeno infante, no entanto, não satisfeito com o discurso, voltou a impiedosamente questiona-lo: "Mas o que é fazer política?"
Na realidade o garoto não havia compreendido sua explicação, e o assunto terminou com o senador indicando seu papai (da criança) para maiores explicações. Pobre papai... Ou não?
Deste verídico conto, retira-se por exemplo, que alienar a opinião pública pode ser tarefa bem menos árdua que ludibriar uma inocente criança...
Mas "cá pra nós", o que seria fazer política?
Lula por exemplo, teria uma visão interessante do que seria fazer política. Para ele fazer política seria negociar favores, traficar influências e abraçar "amigos" e "inimigos" com o mesmo calor, pois o inimigo de ontem pode ser o amigo de amanhã... Lula por exemplo, tornou-se aliado político e confidente de Fernando Collor de Mello, que dividem o aerolula e o mesmo palanque... Disse Lula:
“Quero fazer Justiça ao senador Collor e ao senador Renan, que tem dado sustentação ao governo em seu trabalho no Senado". O até pouco tempo improvável e até histórico encontro de "ontem" fez-se rotina "hoje", sendo selado com um apertado abraço, sorrisos, gracejos e compromissos...
Na mesma semana o Governador Aécio Neves, a sombra, também encontra sua melhor forma de fazer política: Eterno pré-candidato à Presidência do PSDB, eterno preterido, recebeu à seu convite o outro eterno pré-candidato Ciro Gomes em mais uma estranha aliança de interesses políticos... E o que se fez desta vez com a política? O obvio, Ciro atacou os tucanos paulistas e em especial seu desfeto José Serra... Aécio? Bem, Aécio mudo e sorridente em nada foi surpreendido, agradeceu o apoio e a presença... Declarações pra lá de previsíveis, melhor, combinadas e desejadas... Na realidade, Ciro quer a Vice- Presidência da General Roussef, mas Lula já acenou que esta vaga pertencerá a um peemedebista... Ciro, porém, não descarta a Vice de Aécio e também a vê com bons olhos, assim como o próprio Aécio, porém Ciro se incompatibilizou com os tucanos paulistas, em especial com Serra e FHC por seus ataques infundados... A terceira opção de Ciro e ao que tudo indica a mais viável, é a de desconstituir esta pusilânime oposição e ganhar a blindagem da eterna e fiel amizade de Lula, Dilma agradece...
Por isso, a árdua tarefa de explicar a uma criança o que seria fazer política, pode descambar para o campo do ilógico, do inexplicável, da distração de um doce...
O final da conversa, que colei ao início deste post, foi o pai da criança dizendo: "Cala boca meu filho, isso não é assunto de criança! Mas o papai quando sair daqui vai te levar para tomar aquele sorvete que você gosta..."
Cresce mais um ser alienado e corrompido em seus valores pelo meio... Na realidade seu papai fez seu papel, prepara seu filho para vida e começa a mostrar a seu rebento como as coisas bem funcionam na prática, que nem tudo deve ser visto ou questionado e que nem para tudo há uma resposta lógica, que ficar calado e se fingir de morto por vezes é a melhor solução... Isso seria uma visão contemporânea do que seria fazer política... Aos pouco, com a idade, o gran finale do cinismo e da inescrupulosidade se adquire, e nasce mais um politico...
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