As
eleições gerais no México alcançaram seus números finais com a vitória da
direita. O presidente eleito foi Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário
Institucional (PRI), que obteve 38,15% dos votos. Como no país não há segundo
turno, essa porcentagem foi suficiente para declarar-lhe eleito. Na segunda
colocação ficou Andrés Manuel López Obrador, candidato da esquerda, pertencente
à coalizão Movimento Progressista, com 31,64% dos votos. Na terceira colocação Josefina
Vázquez Mota, do Partido Ação Nacional (PAN), com 25,4% dos votos, e na quarta
colocação, Gabriel Quadri, do partido Nova Aliança (PANAL), com 2,3%.
Além
da eleição presidencial foi realizada a eleição parlamentar, para a Câmara de
Deputados e para o Senado. No parlamento, o PRI, do presidente eleito Peña
Nieto não alcançou maioria absoluta nem na Câmara baixa nem na Câmara alta. Na
Câmara de Deputados, o PRI conseguiu cerca de 230 dos 500 assentos, já o
Movimento Progressista conseguiu cerca de 140 assentos e o PAN conseguiu cerca
de 120 assentos. No Senado, de um total de 128 assentos, o PRI conseguiu cerca
de 58 assentos, o PAN, 40 assentos, e o Movimento Progressista, 29 assentos.
A
vitória de Peña Nieto acabou sendo com uma porcentagem relativamente baixa de
votos. Desssa forma, a soma de votos dos outros candidatos foi bem superior à
quantidade de votos que obteve. Outro ponto a ser destacado é o desempenho de
seu principal oponente, López Obrador, ficando a somente 6,5% de Peña Nieto, porcentagem
bem inferior às previstas nas pesquisas. Some-se a isso, o fato do PRI não
haver conseguido maioria parlamentar absoluta. Não se peca pela imprecisão ao
se afirmar que a vitória da direita no México representa um desafio que se
apresenta, tendo em vista a maioria dos eleitores não terem votado no
presidente eleito, mais precisamente 61,85 dos eleitores mexicanos.
O
México é um dos integrantes do G-20, sendo uma das maiores e economias e
populações do mundo. Vive um processo de amadurecimento democrático, inclusive
no aspecto eleitoral, que em 2006 revelou sua fragilidade e mostrou-se
qualitativamente pouco confiável, tendo passado inclusive pelo fracasso de um
processo de recontagem de votos...
A
vitória da direita, ainda que por pequena margem de votos, promove inelutáveis
repercussões na América Latina, precipuamente no espectro integração ao
MERCOSUL e a Unasul. Sabidamente, a América Latina tornou a “casa do inferno deste
mundo de meu Deus”. A direita por aqui é sabotada e excluída por uma ditadura
por ideologia de uma patológica esquerdiopatia, que tende a carregar o
continente para o atraso próprio do retrógrado regime sepultado pelo mundo e
revivido por aqui...
Quero
dizer que a vitória da direita no México o afastará ainda mais dos ideológicos
MERCOSUL e Unasul, o que pode provocar ou dar sequencia ao isolamento mexicano
do continente, economicamente nada atraente, ideologicamente algo extremamente
interessante, já que conforme se sustenta Dizei-me com quem andas e eu te direi quem és ou quem anda com
porcos farelo come...
Quanto
às eleições de 2012 a esquerda derrotada não perde sua mania de tumultuar e
alegar prejuízos de origens fraudulentas. Suas vitórias, no entanto, são sempre
honestas, por mais despidas de transparência que possam se apresentar... Fato,
que o sistema eleitoral mexicano mereceria um processo mais moderno de apuração
e de escolha. Em um país que não adota o bipartidarismo, mas o pluripartidarismo,
principalmente para eleições do porte que são as presidenciais, dever-se-ia
adotar o 2º turno para melhor definirem-se os aspectos ideológicos que formarão
a situação e a oposição.
Salienta-se,
que no caso dessas eleições mexicanas um 2º turno não alteraria o resultado,
tendo em vista que a 3ª colocada não apoiaria o candidato da esquerda, pois de
tendências conservadoras... Na realidade o chororô da esquerda derrotada traz
muito das tumultuadas eleições de 2006, embora saibamos tratar-se de algo
patológico das esquerdas não aceitarem as derrotas com certa dignidade...
Lamentavelmente
repete-se a estória recente paraguaia e o procedimento democrático volta a ser
colocado novamente em cheque pela esquerda derrotada na América Latina. É
lamentável não se respeitar as soberanias das decisões democráticas como se tem
feito por aqui...
Sem
mais.
2 comentários:
Muito triste a realidade da A. Latina que passa por um retrocesso ideológico como vc muito bem disse. Digno de elogios seu blog e suas abordagens, parabéns!
Enfim alguém que começa um assunto e se aprofunda nele. Parabéns!!!
É muito chato abrir blogs e ver que todos escrevem a mesma coisa, sem se aprofundar nos assuntos. Acompanharei com gosto o que você escrever. Vou mandar meu e-mail, se você puder passar p mim...
:)
Prazer!
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