Impressiona como o PT
mobilizou-se na busca pela impunidade. Da sociedade compram-se votos e adeptos com
políticas populistas, vendem-se ignorâncias, com uma educação desfalecida. Da
sociedade compram-se sindicatos, como a CUT, um braço social do PT, com
dirigentes remunerados com dinheiro público do PT (partido do mensalão). Da
sociedade remuneram-se dirigentes da UNE, braço do PT entre os estudantes. O
governo PT remunera quem for preciso para manutenção no poder e pelas
impunidades por suas gestões fraudulentas, e dessa forma tenta trazer para o
seu lado à opinião pública intelectualmente mais desqualificada e a eticamente mais
venal...
O PT trafica influências com a
cara que Gepeto criou devidamente lambuzada com os melhores óleos de peroba da
praça. Lula, nesse particular, já traficava com sua cara de carranca quando
ainda era oficialmente Chefe de Estado, agora, oficiosamente, se preciso, irá
até as FARC abrir negociação... Vítimas
de suas desmedidas investidas estão sendo os senhores ministros do Supremo, que
dos onze, sete foram indicados pelo PT, e que agora são veementemente cobrados
por gratidão...
Lula e a cúpula do partido nos
limites do julgamento parecem ter suas estratégias já traçadas. Criar-se-ão “bodes
expiatórios”? Como há farta e contundente comprovação da participação dos
acusados acostada aos autos do processo do mensalão, a estratégia será tentar
canalizar as acusações para os chamados “bois de piranha”, como Delúbio Soares,
que encontra-se mais sujo que “pau de galinheiro”, com seu nome constando na
quase totalidade das provas carreadas que comprovam a existência do mensalão.
Os nomes de maior expressão como são os Zé(s), Dirceu e Genuíno, tentar-se-á
confundir os senhores ministros com o objetivo de absolvê-los por insuficiência
de provas...
Lula tem a medida do perigo que
pode representar uma condenação maciça dos “mensaleiros” de sua organização.
Durante todo o governo fez-se de cego e surdo (mudo não, essa evolução não
alcançou) como mentor de todo o esquema que está para ser julgado durante todo
mês de agosto jurando a inocência de seus “subordinados”. Junto com ele, os
Zé(s), gestores do esquema, mas que a todo custo terão que ser vistos pelos senhores
ministros como Zé(s) ninguém do mensalão, já que caciques do partido e
defensores históricos ao lado de Lula da “ética do PT”, uma história criada antes
da ascensão ao poder e desacreditada , inclusive pelos que ainda creem em
papai-noel, lobo mau e boitatá...
A ideia é canalizar toda a
acusação aos membros de execução deixando de fora os verdadeiros mentores que
arquitetaram e lucraram com o esquema. É nisso que a sociedade não corrompida
deve focar suas atenções, pois como no tráfico de drogas, a reclusão dos chefes
da boca de fumo não paralisa o movimento, com seus mentores estão blindados por
imunidades que o poder político e financeiro lhes fornecem estão prontos para
substituir peças e dar andamento aos esquemas...
No STF travar-se-á o maior embate
que a política já assistiu entre a ética e a impunidade. Do lado da ética a
sociedade pensante não corrompida, ao lado da impunidade a sociedade já
corrompida e dirigida pelo PT. E os ministros? De que lado afinal haverão de
estar?
Para refletir: Um bom exemplo de
aplicação da expressão “bode expiatório” ocorreu com o nazismo, quando Judeus
foram cassados mundo a fora como os grandes culpados pelos problemas econômicos
na Alemanha. Portanto necessário explicitar que não serão criados verdadeiros “bodes
expiatórios” no caso mensalão, pois como executores também possuem suas
parcelas de culpa, mas sim, “bois de piranha”, sacrificando os bois de menos
valor em troca dos mais valiosos... Para bom entendedor...
Sem mais.
3 comentários:
Sarmento, você não é mole...
Parabéns pela coragem e qualidade de suas obras. É um prazer acompanhar tudo que você escreve.
Prazer,
Mércia Soares.
Muito boa a diferenciação do título. Concordo com a sra. Mércia, um prazer ler seus textos.
Sarmento,
Lhe devo meus parabéns, textos críticos, ásperos, mas de muito bom gosto, que não pecam pela qualidade técnica e se aprofunda nos aspectos políticos que realmente merecem análises
Acompanharei com assiduidade,
Laerte
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