05 setembro, 2007

Máquina com obesidade mórbida... Será possível cirurgia?

A tendência que havia anunciado em crônica anterior, ganhou destaque nos principais jornais do país. A política lulática, que no início procurou como paradigma a de seu antecessor, a partir de 2003 já mostrava lamentáveis sinais de desvios indesejáveis de seu rumo. Enquanto o mundo corre em um único sentido, próprio do regime capitalista, o dono do circo persiste com suas palhaçadas tratando-nos a sua semelhança. Enquanto o mundo enxuga sua máquina estatal ele esmerdalha o país com uma política retrógrada e incompatível com um crescimento real, comprometendo de forma peremptória qualquer aspiração de melhores ares com a sucessão presidencial. Os passos que foram dados em busca da montagem de uma infra-estrutura capitalista de desenvolvimento sustentável estão sendo postos por terra. Desde 2003 já foram contratados mais de 94 mil servidores federais, e para 2008 o governo prevê gastar mais de 3,4 bi, elevando as despesa para 130 bi, criando em torno de 60 mil novos cargos com o funcionalismo público.
Vale lembrar, que nossos serviços públicos são considerados, em sua totalidade, um dos piores do mundo e hoje em termos proporcionais o Brasil já é um dos países com o maior número de servidores públicos federais... Todos sabem também, que o modelo adotado nos países desenvolvidos ou em real desenvolvimento em todo mundo, que não Cuba, p. ex, é o de enxugar a máquina, propiciando a diminuição da carga tributária de forma substancial, gerando empregos no setor privado e fazendo o poder público se concentrar nas suas funções precípuas delimitadas constitucionalmente, delegando ao setor privado o que deve ser delegado. Junto a isso o que deve ocorrer, sim, é um efetivo controle das agências reguladoras sobre os seviços públicos, com um pessoal capacitado tecnicamente e com poder de punição, e não virar um cabide de emprego do PT aos que não conseguiram se eleger para mamar no congresso.
Porém, a realidade que nos espera é diversa. Continuaremos a conviver com serviços públicos mal prestados, quando prestados, e uma carga tributária confiscatória, que continuará a estagnar nosso crescimento como conseqüencia do cada vez maior achatamento da renda do brasileiro, que sem dinheiro para sair do vermelho continuará a não consumir, e o Brasil a ser o eterno país do amanhã, eterna promessa aos entusiastas de plantão, enquanto, que para os mais antenados ou menos alienados assume contornos do que poderia ter sido, mas nunca foi e jamais será...

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