A PeTralhada e o desmatamento...

Responsável por evitar o desmatamento ilegal no país, o IBAMA é um dos órgãos federais com maior presença de indicados do PT. Além do presidente do órgão, Bazileu Margarido, o partido indicou 22 dos 28 chefes estaduais do instituto... A maioria paga "dízimo", doa uma parcela do salário para o caixa petista. Apenas cinco superintendentes podem ser considerados independentes. Em relatório a ser apresentado ao governo depois do Carnaval, especialistas contratados pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente) para avaliar as ações contra o desmatamento apontam a suscetibilidade do Ibama à "excessiva burocratização" e a "corporativismos funcionais", novidade? Não, apenas constatação...

Um dos membros do comitê, o climatologista Carlos Nobre, do Inpe, afirma que os superintendentes estaduais do IBAMA deveriam ser escolhidos por um comitê de buscas, como acontece há quase uma década nos institutos ligados ao MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia). Para Nobre, esse processo no MCT tem evitado "pára-quedistas", ou seja, indicados políticos sem conhecimento da área, regra que não nos felicita com exceção... Diz ainda o especialista que "O funcionamento dos órgãos ambientais seria melhor e mais efetivo se trouxesse pessoas de melhor preparo".
Outro problema, além do corporativismo PaTeta, é a incompetência costumeira para gestão da coisa pública. É muito dinheiro e facilidades para quem não possui know-how nem moral gestora...

Vem ocorrendo o seguinte: De 2003 a 2007, o banco da Amazônia destinou a astronômica quantia de R$ 1,9 bilhão em 14 mil contratos de empréstimos para os estados da Amazônia, graças às facilidades para a obtenção de crédito, que acaba destinado para a pecuária e para o conseqüente desmatamento...

Através de juros baixíssimos subsidiados pelo PRONAF com recursos do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) vem crescendo desenfreadamente a demanda pelos empréstimos, cedidos sem a fundamental preocupação com sua destinação na álea do desenvolvimento sustentado.
Sem o controle desses empréstimos, novas áreas de vegetação virgens vêm sendo desmatadas e ocupadas por cabeças de gado. Para que esse dinheiro contribuísse para o desenvolvimento da região sem causar desmatamento, os recursos teriam de ser destinados a áreas de conservação e à produção sustentável de madeira e os empréstimos deixarem de ser concedidos à pecuária da região, como também a existência de um maior controle da ocupação ilegal de terras públicas na Amazônia.

Qual o moral do governo, para em nome do Brasil argumentar pelo desenvolvimento sustentável das nações de 1º mundo como tem se aventurado nosso caricatural Presidente? Faça o trabalho de casa, limpe primeiro sua bunda para mexer na merda dos outros, caro Presidente!