27 agosto, 2012

LEWANDOWSKI AGE COMO MEMBRO PARTIDÁRIO DE PODER E IGNORA NA FUNÇÃO DE MINISTRO DO STF OS PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA MELHOR JUSTIÇA


PS: Atualização sobre o voto de Dias Toffoli ao final.
“A poderosa marionete”, estrelando como antagonista de uma sociedade, Ricardo Lewandowski. Uma mácula que carregara em sua biografia, que de certa forma coloca sob o crivo de um legítimo contraditório toda sua atuação enquanto ministro do STF, mácula que não se revelara efêmera. No papel de antagonista, o iniciador de um julgamento histórico, que desnudara o maior escárnio da ética pública nunca antes veste na estória dessepaiz, que se iniciara em agosto de 2012 para toda uma nação, sofredora de uma patologia de miserabilidade intelecto-moral, mas que buscava, ainda que tardiamente, a chamada “mínima dignidade” e sua redenção, esse senhor desencadeou um processo de desnaturação das proteínas da esperança e de uma desejada ética social, que perderam suas propriedades de forma irreversível...
Esta poderá vir ser a sinopse de um filme, de uma série televisiva, de um livro ou apenas de um conto ou crônica, onde se retrataria a história de um país em sua luta pela manutenção de uma cruel ignorância social no afã de se perpetrar no poder. Um país que escambia suas probidades, adquirindo e vendendo mentiras, onde se percebe com clarividente nitidez como grande derrotada toda uma sociedade inertemente emburrecida.
Com um ar plácido-aristocrático, notável fluência verbal e uma estória educacional europeia e de exceção, mesmo aos padrões mais qualificados tupiniquins, o senhor Lewandowski, do alto de seu “trono Supremo”, com uma postura que em nada deve aos mais bem educados lordes britânicos, decretou-nos subliminarmente um “Foda-se” em português, mas para inglês e todo o resto do mundo ver...
Seu voto, que me absterei de adentrar, foi vergonhoso. Agarrado as mentiras trazidas ao processo em uma desesperada tentativa da defesa contraditar notoriedades colacionadas pela acusação, Lewandowski proferiu seu fatiado voto de forma lacunosa experimentando a todo o momento o escapismo de vendar seus olhos as evidências incorporando um inapropriado e cínico paradigma de que a justiça seria cega, surda e muda, esta a única e verdadeira fundamentação de seu voto até o momento.
Lewandowski ignorou todas as provas trazidas aos autos, ignorou de uma forma mais implacável que a própria defesa, pois simplesmente muitas delas nem ao menos contraditou; não escutou as palavras do PGR e ignorou as de seu par, o relator Joaquim Barbosa; mas falou por dever de ofício. Votou como advogado de defesa, mantendo-se emudecido sobre todas as notoriedades da acusação em um voto de uma lógica quase que esquizofrênica.
A sociedade, caso reste massacrada por alguns outros promissores votos propositadamente obtusos dos senhores ministros emblematicamente comprometidos com a causa de poder, vítimas maiores e menores restarão. Vítimas como a publicitária Davenita Magalhães, que mesmo equivocadamente partidária do lado negro da força, o PT, negou com veemência conluiar-se ao esquema quando não autorizou uma ordem de pagamento no valor de 60 milhões de reais a DNA propagandas, do empresário Marcos Valério, por serviços que antecipadamente sabia não seriam prestados. Hoje, é membro esquecida do PT e ameaçada de morte por sua honestidade funcional, que mesmo com um belíssimo currículo não logra  arrumar mais emprego,  vive de bicos e da “caridade” alheia... Foi peça fundamental para desenhar o esquema cooperando com a verdade, hoje, paga o preço. Vitimar-se-á toda uma sociedade empobrecida de paradigmas positivos, que observa suja de merda na enlameada base piramidal a defecação que vem do topo. No mais seriam jogos de palavras que se reserva o direito de não as proferir nesse instante.
ATUALIZAÇÃO:
E o voto do ministro Dias Toffoli, hein? Lembram do título do post anterior? Pois bem, aplicar-se-á em toda sua literalidade estrita. Obvio como um bom funcionamento intestinal. De uma obviedade uLulante como o de Ricardo Lewandowski, inteiramente comprometido com o partidarismo revelou-se de manifesta parcialidade em uma sonora negação as provas e aos patentes indícios de provas que compõem os autos processuais. Assim como o do revisor poder-se-ia caracterizá-lo como "voto cara de pau" ou "voto pau mandado", quiçá "voto quadrilheiro". São votos passíveis de declaração de nulidade, pois nitidamente contrários as provas dos autos e movidos por interesses pré-concebidos, portanto manifestamente parciais. São votos passíveis de embargos de declaração, pois deixaram de apreciar, com dolo, termos e provas da denúncia que sustentavam o mérito da acusação.
Aliás, saliente-se, rasgou seu diploma de direito quando afirmou peremptoriamente, contraditando o ministro Fux (notável processualista), o inominável impropério jurídico de que a defesa não precisaria comprovar suas alegações. Isso deve explicar o motivo do ministro Toffoli haver sido por duas vezes limado na 1ª fase no concurso para magistratura... Esse cidadão, que foi indicado pelo ignóbil Lula, só possui notório saber jurídico se comparado ao QI de um molusco barbudo...
No mais, Toffoli já foi exaustivamente qualificado por esse espaço em variadas postagens, algumas, inclusive, ostentando o posto de antagonista da temática referente. Em realidade, já se dedicou muito a um nada, passando este espaço a pecar pela desproporcionalidade.
Acreditando na máxima de que uma imagem, por vezes, vale mais do que mil palavras:


Sem mais.

2 comentários:

Anônimo disse...

Absolutamente genial! Ácido na medida exata, nada além da realidade dos fato.

Minhas sinceras admirações, Sarmento.

Luzia (professora adjunta da UERJ)

Dolores disse...

Uma vergonha julgarem por interesses pessoais. Excelentes suas crônicas. Que Deus lhe conserve assim.