Quem vinha acompanhando este
espaço certamente pôde antecipadamente perceber das obviedades uLulantes pela qual se desenhavam
determinados votos. Em respeito a uma mínima honestidade intelectual que este
espaço preza para quem com ele se comunica, não se irá adentar ao mérito
processual do que se encontra acostado aos autos, da robustez probatória que
dispõe cada ministro para a condenação de cada um dos 36 réus, pois até o momento, não teria
quaisquer documentos comprobatórios para colacionar a este espaço que me dessem
subsídios para uma afirmação peremptória de condenação, não agindo desta forma pecar-me-ia
por leviandade.
Constrói-se, neste diapasão,
credibilidade, atributo angariado a partir do corrente carreamento de informações
verdadeiras corroboradas com exposições opinativas balizadas, com supedâneo teórico-intelectual
que fundamenta todas as proposições de ideias sem sobejar espaços para
aventureiros despidos de consistência.
É a partir desta construção, que
reafirmo meu temor de se marcar na estória dessepaiz
uma mancha de incredibilidade institucional inapelável e inapagável... Das três funções de Estado, a única que respira,
para muitos já com o auxílio de aparelhos, ainda é o judiciário. Este épico
julgamento pode fazer paradoxalmente nascer uma morte de credibilidade
irreversível, capaz de se cogitar-se da mais completa incredulidade dos
princípios ético-morais das questões de Estado “como nunca antes visto na
história dessepaiz”.
Os ministros do Supremo estão
portando uma responsabilidade além das que hodiernamente ostentam a cada sessão
plenária que protagonizam por suas deliberações e votos. O país clama por um suspiro
de esperança de que um dia, por mais tardio que se revele, o bem vença o mal,
que a retidão de conduta denote-se ao final compensatória ao percebermos que
aos desviados, in totum, aplicam-se
os rigores da lei, sem qualquer caráter censitário de seleção que se revele arcaico,
odioso, antidemocrático e antirrepublicano. Talvez seja o lado Poliana, deste
que vos fala, que teima em se manter hígido por proposital autoengano...
Deixando ao lado as chorumelas de
uma alma carente, que ainda procura a confiabilidade nos olhos de outrem, passemos
aos fatos!
O partido do governo, desde que a
denúncia restou apresentada pelo nobre PGR e o julgamento mostrava-se uma
realidade inafastável, iniciou seus trabalhos e passou a traficar influências
nas mais diversas linhas de atuações.
A primeira manobra, esta que
deveria obter sucesso inapelável, era a completa blindagem de Lula Nãoseinãovinãoouvi da Silva, que como idealizador e articulista
oculto deveria manter-se fora da denúncia em seu nobre papel de mito para
muitos e mitômanos para poucos, os discernidos. Sabiam que sem a “Presidência”
da organização a denúncia perderia parte de sua força e de seu poder de
convencimento, deixariam pontos substanciais na obscuridade. Desse desiderato,
acabou por ceder o nobre PGR, que se viu impelido em promover o vice a função
de presidente, José Dirceu.
A segunda manobra era o adiamento
do julgamento. Como opção primeira este deveria ser realizado em 2013, quando
Peluso e o atual presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto estariam compulsoriamente
aposentados por idade, e o atual relator, o ministro Joaquim Barbosa,
alcançaria a Presidência da Casa e deixaria a relatoria do processo. Essa
manobra, por muito pouco, não logrou seu completo êxito. Seu parcial fracasso
se deu por conta de três fatores: A nova e firme Presidência de Carlos Ayres
Britto, a pressão da sociedade civil no pleito contra a impunidade e a resposta
desta pressão dada pela imprensa, que se viu na obrigação de cumprir seu papel
de informadora social. Carlos Ayres Britto pressionou Lewandowski, que se viu
obrigado a findar a revisão para que o processo fosse colocado para votação,
feito que se deu no último e derradeiro dia. Dessa empreitada pela impunidade o
partido do governo parece ter logrado tão apenas êxito parcial, já que Peluso,
ao que tudo indica, não conseguirá completar seu voto. Caso essa segunda
manobra houvesse logrado seu total êxito, no lugar de Peluso e Ayres Britto, aposentados,
teriam mais dois ministros indicados pelo PT e a impunidade seria uma barbada “como
nunca antes visto na história dessepaiz”.
A terceira manobra foi
impossibilitar a mera cogitação autocrítica de o ministro Dias Toffoli
declarar-se impedido para o julgamento. De formação petista, ex-advogado do PT,
e ex-chefe da AGU na gestão PT e indicado de Lula ao posto de ministro do STF,
após seguidas reprovações nas primeiras fases nos exames da magistratura que
prestou, toffoli foi severamente chamado
às suas responsabilidade por Lula e lembrado da nobreza que é o sentimento de
gratidão... Outros ministros também sofreram com o indomável Lula, mas isso o
julgamento nos revelará com maior riqueza de detalhes. Este espaço não tem
cupidez de antecipar finais de filmes, até porque tal postura revela-se
desagradável e de gosto duvidoso...
A quarta manobra foi trabalhar
pela impunidade do que a denúncia chamou de núcleo político, e quando
minimamente viável, o financeiro do mensalão, pois, para isso, caso necessário,
existem os “bois de piranha”... Nessa linha, aguardemos, pois alguns outros
ministros seguirão a trilha do compromissado amigo pessoal de Lula e revisor
Ricardo Lewandowski, que acabou falhando parcialmente, devido a pressão, na
segunda manobra, tendo consciência que se seu intestino falha um dia, no dia
seguinte obrigatoriamente deverá funcionar, sob pena de uma pesada prisão de
ventre... Pensamos "polianamente" na esperança de que a política apequene-se majoritariamente diante do maior Tribunal político desse país.
Poderemos observar já no adeus
deste post, que as figura de alguns
ministros por vária vezes serão confundidas com as de advogados dos réus, que,
de certa forma, parecerão mais clientes que propriamente réus, uma deturpada confusão de funções. Como de início
firmei que este espaço não daria azo a qualquer espécie de leviandade, não
ventilaria nada que se relacionasse com o pagamento de honorários... Melhor
deixar-se a cargo da gratidão...
2 comentários:
Difícil é ter a certeza que não queríamos. Até a mais alta instância jurídica desse país se encontra submetida, em parte, ao conluio Lulista.
Algo que deixa perplexo é que os defendem que nunca na historia deste país existiu o mensalão, não defendem a punição do caixa 2 pq isso todos os partidos fazem então seria um costume(se podemos dizer que isso é costume).
Postar um comentário