24 agosto, 2012

TÃO SURPREENDENTE COMO UM BOM FUNCIONAMENTO INTESTINAL ESTÃO SE REVELANDO OS VOTOS NO MENSALÃO...


Quem vinha acompanhando este espaço certamente pôde antecipadamente perceber das obviedades uLulantes pela qual se desenhavam determinados votos. Em respeito a uma mínima honestidade intelectual que este espaço preza para quem com ele se comunica, não se irá adentar ao mérito processual do que se encontra acostado aos autos, da robustez probatória que dispõe cada ministro para a condenação de cada um dos 36 réus, pois até o momento, não teria quaisquer documentos comprobatórios para colacionar a este espaço que me dessem subsídios para uma afirmação peremptória de condenação, não agindo desta forma pecar-me-ia por leviandade.
Constrói-se, neste diapasão, credibilidade, atributo angariado a partir do corrente carreamento de informações verdadeiras corroboradas com exposições opinativas balizadas, com supedâneo teórico-intelectual que fundamenta todas as proposições de ideias sem sobejar espaços para aventureiros despidos de consistência.
É a partir desta construção, que reafirmo meu temor de se marcar na estória dessepaiz uma mancha de incredibilidade institucional inapelável e inapagável...  Das três funções de Estado, a única que respira, para muitos já com o auxílio de aparelhos, ainda é o judiciário. Este épico julgamento pode fazer paradoxalmente nascer uma morte de credibilidade irreversível, capaz de se cogitar-se da mais completa incredulidade dos princípios ético-morais das questões de Estado “como nunca antes visto na história dessepaiz”.
Os ministros do Supremo estão portando uma responsabilidade além das que hodiernamente ostentam a cada sessão plenária que protagonizam por suas deliberações e votos. O país clama por um suspiro de esperança de que um dia, por mais tardio que se revele, o bem vença o mal, que a retidão de conduta denote-se ao final compensatória ao percebermos que aos desviados, in totum, aplicam-se os rigores da lei, sem qualquer caráter censitário de seleção que se revele arcaico, odioso, antidemocrático e antirrepublicano. Talvez seja o lado Poliana, deste que vos fala, que teima em se manter hígido por proposital autoengano...
Deixando ao lado as chorumelas de uma alma carente, que ainda procura a confiabilidade nos olhos de outrem, passemos aos fatos!
O partido do governo, desde que a denúncia restou apresentada pelo nobre PGR e o julgamento mostrava-se uma realidade inafastável, iniciou seus trabalhos e passou a traficar influências nas mais diversas linhas de atuações.
A primeira manobra, esta que deveria obter sucesso inapelável, era a completa blindagem de Lula Nãoseinãovinãoouvi da Silva, que como idealizador e articulista oculto deveria manter-se fora da denúncia em seu nobre papel de mito para muitos e mitômanos para poucos, os discernidos. Sabiam que sem a “Presidência” da organização a denúncia perderia parte de sua força e de seu poder de convencimento, deixariam pontos substanciais na obscuridade. Desse desiderato, acabou por ceder o nobre PGR, que se viu impelido em promover o vice a função de presidente, José Dirceu.
A segunda manobra era o adiamento do julgamento. Como opção primeira este deveria ser realizado em 2013, quando Peluso e o atual presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto estariam compulsoriamente aposentados por idade, e o atual relator, o ministro Joaquim Barbosa, alcançaria a Presidência da Casa e deixaria a relatoria do processo. Essa manobra, por muito pouco, não logrou seu completo êxito. Seu parcial fracasso se deu por conta de três fatores: A nova e firme Presidência de Carlos Ayres Britto, a pressão da sociedade civil no pleito contra a impunidade e a resposta desta pressão dada pela imprensa, que se viu na obrigação de cumprir seu papel de informadora social. Carlos Ayres Britto pressionou Lewandowski, que se viu obrigado a findar a revisão para que o processo fosse colocado para votação, feito que se deu no último e derradeiro  dia. Dessa empreitada pela impunidade o partido do governo parece ter logrado tão apenas êxito parcial, já que Peluso, ao que tudo indica, não conseguirá completar seu voto. Caso essa segunda manobra houvesse logrado seu total êxito, no lugar de Peluso e Ayres Britto, aposentados, teriam mais dois ministros indicados pelo PT e a impunidade seria uma barbada “como nunca antes visto na história dessepaiz”.
A terceira manobra foi impossibilitar a mera cogitação autocrítica de o ministro Dias Toffoli declarar-se impedido para o julgamento. De formação petista, ex-advogado do PT, e ex-chefe da AGU na gestão PT e indicado de Lula ao posto de ministro do STF, após seguidas reprovações nas primeiras fases nos exames da magistratura que prestou,  toffoli foi severamente chamado às suas responsabilidade por Lula e lembrado da nobreza que é o sentimento de gratidão... Outros ministros também sofreram com o indomável Lula, mas isso o julgamento nos revelará com maior riqueza de detalhes. Este espaço não tem cupidez de antecipar finais de filmes, até porque tal postura revela-se desagradável e de gosto duvidoso...
A quarta manobra foi trabalhar pela impunidade do que a denúncia chamou de núcleo político, e quando minimamente viável, o financeiro do mensalão, pois, para isso, caso necessário, existem os “bois de piranha”... Nessa linha, aguardemos, pois alguns outros ministros seguirão a trilha do compromissado amigo pessoal de Lula e revisor Ricardo Lewandowski, que acabou falhando parcialmente, devido a pressão, na segunda manobra, tendo consciência que se seu intestino falha um dia, no dia seguinte obrigatoriamente deverá funcionar, sob pena de uma pesada prisão de ventre... Pensamos "polianamente" na esperança de que a política apequene-se majoritariamente diante do maior Tribunal político desse país.
Poderemos observar já no adeus deste post, que as figura de alguns ministros por vária vezes serão confundidas com as de advogados dos réus, que, de certa forma, parecerão mais clientes que propriamente réus, uma deturpada confusão de funções. Como de início firmei que este espaço não daria azo a qualquer espécie de leviandade, não ventilaria nada que se relacionasse com o pagamento de honorários... Melhor deixar-se a cargo da gratidão...

Sem mais.

2 comentários:

Anônimo disse...

Difícil é ter a certeza que não queríamos. Até a mais alta instância jurídica desse país se encontra submetida, em parte, ao conluio Lulista.

Anônimo disse...

Algo que deixa perplexo é que os defendem que nunca na historia deste país existiu o mensalão, não defendem a punição do caixa 2 pq isso todos os partidos fazem então seria um costume(se podemos dizer que isso é costume).