"Pinóquio", no NYT, voltou a reafirmar o amor platônico, que seu pai, "Gepeto", nutre por ele. Em "entrevista" cedida ao jornal imperialista, reafirmou seu estado de alienação com o que acontece ao seu redor, disse não haver provas contra o Zé, amigo seu, para encriminá-lo, crendo na sua inocência, e disse que nada abala sua relação com "Gepeto", estaria ele imune à escândalos, bastaria observar sua popularidade...
"Gepeto", para quem não conhece, é o apelido carinhoso de uma nação chamada Brasil. Criou um legítimo cara-de-pau, mentiroso, mas adorado... Feito todo de pau-brasil, não apenas a cara, mantém seu brilho com muito óleo de peroba comprado através de uma pequena quantia mensal, que dá ao seu pai, ainda que muitas vezes erre de conta e acabe por depositar na conta de um de seus muitos amigos ou amigo do amigo... O que muitos não sabem, é que "Gepeto" a semelhança de sua criatura, também foi feito de madeira, oca e podre, talvez por isso, se realize ou não compreenda as travessuras de "Pinóquio".
Ocorre, que "Pinóquio" conseguiu visibilidade, ficou famoso e chegou ao poder acabando por esquecer de seu pai, que tanto carinho lhe deu e permanece dando. Eu sei... Amor de pai é mesmo incondicional, mesmo o filho sendo um criminoso e andando entre outros tantos, o pai se nega a enxergar as mazelas do filho.
Hoje, "Pinóquio" em troca de seu óleo de peroba, que utiliza para manter-se brilhando como uma estrela, doa a seu pai uma bagatela, o bastante para sensibilizá-lo e fazer-se amar cada vez mais, embora pemaneça como da época de sua criação, passando fome e sendo explorado por um prato de feijão. Mas Pinóquio não é de todo ingrato, construiu um belíssimo circo, que hoje é notícia em todo mundo e empregou seu pai como a atração principal, palhaço.
E é assim que Gepeto pensa e continuará a pensar, filho é filho, faça o que fizer estarei sempre o elegendo como preferido, basta não deixar o papai morrer de fome... Já que o papai não teve a oportunidade dessa bocada, resta realizar-se com as travessuras do filhinho... Mas o papai aprova, pois se estivesse lá faria o mesmo...
Conclui-se disso, que o papai merece estar onde está, é tudo farinha do mesmo saco, ou melhor, feito da mesma madeira...
Um comentário:
Faltou dizer que a madeira é pau-brasil... ;)
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