22 fevereiro, 2008

Fidel, biografia de terror.

Escrevo sem sarcasmos ou ironias, em respeito às milhares de execuções de um povo sofrido, que clama por liberdade, paz e dignidade...
Fidel cremou-se vivo... Depois de meio século impecavelmente vestido no modelito azeite extra-virgem, à semelhança de seu paradigma Guevara, percebeu a difícil missão que seria governar um país de moletom, ainda que de mesma cor, sentado em uma cadeira de balanço, sem a força de outrora para enfiar seus charutos nos "banos"...
Deixará por certo uma biografia digna de um ditador, absolutista, corrupto, centralizador e sangüinário. Uma história rasurada por dois milhões de exilados, milhares de presos políticos, fuzilamentos, a ausência absoluta de liberdade, famílias partidas, e o maior fracasso material da história das ditaduras latino-americanas. Quase todos os regimes pautados na tirania, do paraguaio Alfredo Stroessner ao nicaragüense Somoza, foram corruptos e injustos do ponto de vista social, mas deixaram seus países mais ricos, ainda que mal distribuídos. Já em Cuba...
Responsável pela improdutividade quase espantosa da ilha, os cinco itens que medem a qualidade de vida da população ficaram aquém de qualquer crítica: alimentação, habitação, vestuário, transporte e comunicações... Mas nem tudo é desgraça no "reino" de Fidel: O país dispõe de uma média de 800 mil profissionais, entre eles 65 mil bons médicos, para uma população de 11 milhões de habitantes, possui centros esportivos de excelência com esportistas de primeiro mundo, e completariam vocês, graças a investimentos... Ledo engano, graças a mão de ferro! Esportistas não dedicados tiveram sumiços "valArosos" em nada honrosos... Percebem até os hodiernos dias salários esmolas, uma espécie de bolsa família, bem conhecida por aqui...
Só um governante que prime pela incompetente poderia manter na pobreza uma sociedade que conta com invejável capital humano...
Quero crer, que o general Raúl Castro acredita neste diagnóstico e não utilize o governo de seu irmão como paradigma. Raúl não tem, como Fidel, uma visão ideológica dos problemas sociais, mas sim uma visão prática. Antes dos 20 anos, depois de uma breve viagem de “turismo revolucionário” ao Leste Europeu, tornou-se comunista por uma admiração ingênua à União Soviética, mas não por ter lido os textos da doutrina. Tem pouca densidade teórica o que, paradoxalmente, o torna mais humano, assim se espera... Se bem, que a bem da verdade, essa premissa não se reverteu em uma conclusão lógica por aqui, mas não custa-nos acreditar... Desde 1959 comanda as Forças Armadas, instituição que, dentro do caos do país, produz resultados aceitáveis para aquela realidade.
Apenas lamento pelo que sobra, a jovem força do tridente do mal, que surgiu entre nós latrinos. Desejo que tenham um precoce envelhecimento físico compatível com o político que ostentam em seus governos ou propagam como ideal...
SARAVÁ!

2 comentários:

Marcos Pontes disse...

Prepare-se para a ira dos fiéis amiguinhos vermelhos. Nesses dias escrevi um post sobre o cara, me vi obrigado a escrever mais um e ainda tinha gente pedindo o terceiro. O sectarismo deixa alguns cegos, surdos e mais falastrões do que seus parcos conhecimentos permitiriam.
Estou começando a ter esperanças em relação a Cuba. Os universitários estão começando a se mexer. Sós espero que não sejam massacrados.

ZEPOVO disse...

Marcos,

Que "esperanças" vc tem para Cuba?

Que tal perguntar aos cubanos se eles querem ser anexados aos EUA ou a instalação do MacDonalds e WaltMart já resolve