28 fevereiro, 2008

Enfim a reforma tributária... Reforma?

O governo já antecipou, que o projeto de reforma a ser discutido no Congresso não trará a tão esperada e sonhada diminuição da carga tributária para o contribuinte. Está evidente, e já havia ficado por ocasião da guerra travada em relação à CPMF, que o governo não admite a desoneração da carga tributária se for às custas da perda de receita. Tanto isso é verdade, que saiu a CPMF após muito esperneio, mas na semana seguinte aumentou-se a alíquota do IOF, que por sinal possui a mesma base de cálculo do anterior, sendo um bis in iden autorizado pela CR, e aumentou-se a incidência sobre o CSLL, a ponto do balanço desse mês apontar um crescimento arrecadatório se comparado ao mesmo mês do ano anterior, quando ainda vigia a famigerada e desfigurada CPMF.
O projeto propõe sim, uma tentativa de simplificação de nosso complexo sistema tributário, ainda que, pelo que sei, muito aquém das necessidades do Brasil, mas compatível com a vontade política atual.
O que posso afirmar categoricamente portanto, é que o projeto não tem por espeque desonerar, até porque o governo está entupido de projetos sociais eleitorais, e destes não vislumbra-se a menor possibilidade de se abrir mão, muito pelo contrário, até as eleições já planejam uma série de incentivos à criação de novos empregos, brincadeirinha... Continuando, incentivos à capitação de novos votos com o projeto de assistencialismo diário de subsistência para capitação de votos.
Há, é verdade, propostas outras, elaboradas por empresários e tributaristas, de projetos com medidas para a redução da tributação cumulativa, simplificação do sistema, desoneração das exportações, eliminação da guerra fiscal, desoneração dos investimentos, redução de encargos sociais sobre a folha de salários e promoção de um novo equilíbrio federativo, mas essas propostas de projetos não atendem ao interesse dominante do momento, e portanto estão engavetados...
Convém observar que os vários projetos de reforma, corretamente, vêem a necessidade de revisão da tributação sobre bens e serviços, através dos impostos sobre valor adicionado IPI federal, ICMS estadual, ISS municipal e as contribuições sociais incidentes sobre faturamento.
O princípio básico trazido é de que a tributação sobre bens e serviços desonerasse as exportações e não tivesse efeitos de tributação “em cascata”.
Até onde eu soube, há a intenção de se implantar o IVA, que realmente vem para simplificar, mas sem mexer nas receitas federais, ainda de forma tímida...
A reforma tributária que o Brasil espera será para além de 2010, a depender das próximas eleições, mas já adianto, jamais estará na forma sonhada pelo contribuinte... A máxima de que a desoneração da carga tributária trará a redução da sonegação parece não incentivar o risco desses governos comprometidos com o "social"...

27 fevereiro, 2008

Projeto do não crescimento

O governo dos E.U.A, por ocasião da guerra de secessão e em meio à crise institucional pelo qual passava, pronunciou-se de forma esclarecedora se trazida para os dias hodiernos. Disse assim seu representante de Estado à época Abraham Lincoln, 16º presidente dos Estados Unidos:
"Não darei nenhum prato de comida a meu povo, todos que quiserem comer terão que conquistar esse direito com trabalho, nem que seja retirando um vaso de planta de um lado para colocar em outro"
Certamente por aqui alguns o qualificariam de insensível às necessidades sociais, outros no entanto juntariam-se à mim e o apoiariam... Os E.U.A, nos anos que se sucederam a crise, experimentaram um crescimento econômico fantástico, deixando a crise institucional apenas como mais um dado de sua história, graças a luta de um povo incentivado a produzir para ter e não ter para se vender...
E no Brasil de hoje o que vemos? Um governo com uma voracidade arrecadatória confiscatória, promovedor de uma política populita assistencialista de fins eleitoreiros. Por aqui não há incentivo ao trabalho e sim a criação de uma dependência material de base, uma lacuna intencional, que como se viu na história da educação em nosso país não se vislumbra seu término, mas sim sua procrastinação. É a política da vinculação do voto, que de forma grosseira e comprimida resumiria-se assim: "Terás um prato de comida todos os dias em sua mesa, independente do que produzires, é só votares em mim".
Inclusive já houve o anúncio de que Lula irá viajar muito pelo Brasil neste ano (eleitoral), que teria em sua agenda uma série de visitas para inalgurações e para locais onde o governo pratica a política da compra de votos com o erário público, ou do escambo do feijão...
Como se percebe são formas completamente díspares de se fazer política. A primeira há o enobrecimento do trabalho, da luta por conquistas, do investimento na geração de emprego, já o modelo verde e amarelo é o mesmo que se adota entre os poderes de Brasília, o modelo da troca de favores, da compra de votos, uma espécie de tira do povo e bota no povo. Por aqui investe-se os tributos não na geração de empregos, mas sim na compra de votos, na dependência da população da esmola por todos custeada para ser transmudada em feijões e votos. Talvez esteja aí, neste tipo de política, um dos motivos do Brasil ser a eterna promessa e os E.U.A a eterna realidade, a real falta de compromisso com o crescimento social.
A oposição entrou ontem no STF com uma ação alegando a inconstitucionalidade desta política, ainda que apenas, lamentavelmente, nos anos eleitorais, como ordena nossa constituição. Busca-se ao menos nestes períodos o "respeito". "Respeito" as nossas legislações infra-constitucionais e constitucional, "respeito" a dignidade de um povo desvalido em todos os seus aspectos e facilmente corrompível por um prato de feijão, "respeito" a moralidade de um processo eleitoral, ainda que saibamos que amoral permanecerá os outros anos...
A chave do crescimento encontra seus fundamentos precípuos na educação e na geração de empregos, mas possui como requisito essencial indelével vontade política, não compactuando-se com uma de esmola, que se tira e se troca com o povo. Um povo acostumado com esse tratamento é um povo sem referencial ético, sem instrumentos para discernir aspéctos ligados ao moral. Talvez esteja aí o fundamento da inércia deste povo, que se suicida com suas escolhas e nada enxerga além do prato de feijão... Talvez esteja aí a explicação quase cultural da "liberdade" dos que tem o poder, para cometer crimes, e se manterem imunes perante a "justiça" dos homens...

25 fevereiro, 2008

CPI de cartões provoca pavor!

Apavorados com o "perigo de transparência" possivelmente instado com a CPI dos Cartões Corporativos, instalada na quinta-feira pelo Congresso, os funcionários da Presidência da República autorizados a usar cartões corporativos para compras diretamente relacionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares estão reclusos e atormentados com o terror que será o arrebentar da corda do lado mais fraco...
Os ecônomos, nome técnico dado a esses funcionários, do Planalto foram orientados a não dar entrevistas desde a divulgação, no início do mês, de seus nomes e do total de gastos feitos -segundo eles, todos por determinação da Presidência.
Pressionados, se queixam de estarem sendo tratados como delinqüentes. Um deles, que está há quatro anos na função, reclamou que teve de tirar uma semana de férias e que não tem conseguido dormir à noite por causa das suposições de que desviou dinheiro público, é o pavor da transparência...
Na semana passada, um grupo de ecônomos da Presidência fez uma reunião para discutir como agir durante a CPI. Eles temem perder o cargo de confiança que ocupam se falarem sobre as despesas sem ter autorização do governo.
"Precisamos definir uma estratégia. Se falarmos, poderemos estar sujeitos até a problemas jurídicos. Mas vai chegar a hora em que não teremos saída", disse um deles, que conversou com a Folha sob a condição de anonimato.
Ligados à Secretaria da Administração da Casa Civil, dez ecônomos são responsáveis pelas compras da família do presidente Lula e gastaram de janeiro a dezembro de 2007 nos cartões corporativos o valor de R$ 3,86 milhões, entre saques e compras a crédito. O detalhamento dos gastos e os nomes dos responsáveis pelas compras e saques foram retirados do Portal da Transparência pela Presidência há 15 dias, segundo o governo, por "questão de "Segurança Nacional"...
O sentimento de ser cozido em vida é o sentimento dos subalternos do Presidente. Sabem da blindagem intransponível de Lula, fruto da tutela especial que recebe por sua "total incapacidade de discernimento", e se pessoas tiverem que pagar o pato com o escândalo que se anuncia, estas poderão até atender pelo sobrenome Silva, mas o nome às diferenciarão... Nascerão outros "Silvas" que deixarão a condição de anônimos por uma causa nobre, a "Segurança Nacional"...
Mas não há ainda motivos para definitivos abalos emocionais, pois em prol da "Segurança Nacional" discuti-se um possível acordão... O pizzaiolo, por sinal, já foi contratado e pago com cartão corporativo, mas ao que parece o portal da transparência recebeu uma película de insulfilm e esse gasto não estará a disposição, mas tudo por razões de "Segurança Nacional"...
Adendo:
Ainda em tempo, acabo de descobrir como são feitos os cartões corporativos dos amigos da Besta Barbuda. Tive acesso ao link, que apenas seus privilegiados amigos, amigos de seus amigos e criminosos conluiados possuem. Você, amigo leitor, poder fazer o seu para também se sentir um criminoso conluiado privilegiado e protegido, mas espero que não faça mau uso desse privilégio, utilizando-o só em casos emergenciais como nosso paradígma, como por exemplo quando a fome começar a ficar negra e o estômago passar a reclamar, usemos com "ética":
Ps: Este cartão já encontra-se desbloqueado para pizzas e tapiocas.

22 fevereiro, 2008

Fidel, biografia de terror.

Escrevo sem sarcasmos ou ironias, em respeito às milhares de execuções de um povo sofrido, que clama por liberdade, paz e dignidade...
Fidel cremou-se vivo... Depois de meio século impecavelmente vestido no modelito azeite extra-virgem, à semelhança de seu paradigma Guevara, percebeu a difícil missão que seria governar um país de moletom, ainda que de mesma cor, sentado em uma cadeira de balanço, sem a força de outrora para enfiar seus charutos nos "banos"...
Deixará por certo uma biografia digna de um ditador, absolutista, corrupto, centralizador e sangüinário. Uma história rasurada por dois milhões de exilados, milhares de presos políticos, fuzilamentos, a ausência absoluta de liberdade, famílias partidas, e o maior fracasso material da história das ditaduras latino-americanas. Quase todos os regimes pautados na tirania, do paraguaio Alfredo Stroessner ao nicaragüense Somoza, foram corruptos e injustos do ponto de vista social, mas deixaram seus países mais ricos, ainda que mal distribuídos. Já em Cuba...
Responsável pela improdutividade quase espantosa da ilha, os cinco itens que medem a qualidade de vida da população ficaram aquém de qualquer crítica: alimentação, habitação, vestuário, transporte e comunicações... Mas nem tudo é desgraça no "reino" de Fidel: O país dispõe de uma média de 800 mil profissionais, entre eles 65 mil bons médicos, para uma população de 11 milhões de habitantes, possui centros esportivos de excelência com esportistas de primeiro mundo, e completariam vocês, graças a investimentos... Ledo engano, graças a mão de ferro! Esportistas não dedicados tiveram sumiços "valArosos" em nada honrosos... Percebem até os hodiernos dias salários esmolas, uma espécie de bolsa família, bem conhecida por aqui...
Só um governante que prime pela incompetente poderia manter na pobreza uma sociedade que conta com invejável capital humano...
Quero crer, que o general Raúl Castro acredita neste diagnóstico e não utilize o governo de seu irmão como paradigma. Raúl não tem, como Fidel, uma visão ideológica dos problemas sociais, mas sim uma visão prática. Antes dos 20 anos, depois de uma breve viagem de “turismo revolucionário” ao Leste Europeu, tornou-se comunista por uma admiração ingênua à União Soviética, mas não por ter lido os textos da doutrina. Tem pouca densidade teórica o que, paradoxalmente, o torna mais humano, assim se espera... Se bem, que a bem da verdade, essa premissa não se reverteu em uma conclusão lógica por aqui, mas não custa-nos acreditar... Desde 1959 comanda as Forças Armadas, instituição que, dentro do caos do país, produz resultados aceitáveis para aquela realidade.
Apenas lamento pelo que sobra, a jovem força do tridente do mal, que surgiu entre nós latrinos. Desejo que tenham um precoce envelhecimento físico compatível com o político que ostentam em seus governos ou propagam como ideal...
SARAVÁ!

19 fevereiro, 2008

Os crentes na "luta" por seus "direitos"

Numa ação maquiavelicamente manipulada com o fim de intimidar jornalistas e empresas de comunicação, fiéis e pastores da Igreja Universal do Reino de Deus estão ajuizando um sem número de processos por dano moral contra os jornais Folha de São Paulo e Extra, sob o incentivo dos cultos religiosos.
O primeiro jornal publicou em dezembro uma extensa reportagem mostrando como o fundador da seita, "bispo" Edir Macedo, usou o dinheiro do dízimo para montar um poderoso grupo empresarial, com o braço financeiro registrado no paraíso fiscal de Jersey. O segundo jornal noticiou a "agressão" a uma imagem de São Benedito - um santo católico - por um seguidor da Igreja, na Bahia. Segundo a reportagem da Folha, o complexo empresarial do Sr. Edir é constituído por 23 emissoras de TV e 40 emissoras de rádio, o que o torna o maior proprietário de concessões do País... Além disso, o "bispo" evangélico é proprietário de 19 outras empresas, dentre as quais 2 gráficas, 1 imobiliária, 1 agência de turismo e 1 firma de táxi aéreo, todas registradas em nome de seus "fiés"pastores. A reportagem revelou ainda, que a Universal arrenda as emissoras que integram a Rede Aleluia, que Macedo detém 99% das ações da TV Capital, geradora da Rede Record, e que ele tem à sua disposição um avião adquirido por US$ 28 milhões.
Nos processos ajuizados contra a Folha, "pastores e fiéis" da Universal reivindicam indenizações de R$ 1 mil a R$ 10 mil, sob a justificativa de que a reportagem lhes causou prejuízos morais. Nas ações contra o Extra, os autores alegam que o objetivo do jornal não foi informar, mas provocar a "ira" dos católicos e criar um clima de "perseguição religiosa", submetendo os seguidores da seita ao "risco diário de sofrer agressões físicas e discriminações".

Em comento:
A verdade é que através dos "pastores de Deus", como são chamados os pregadores do "mais valia", que Deus os perdoe, ou através do ParTido travestido em pele de cordeiro, pastamos... Rapam-nos até o último fio de lã, retiram-nos a dignidade e prosseguimos tocados, pastando na direção do abate... Neste verdadeiro purgatório verde e amarelo viemos para não falar, para não enxergar, para não ouvir, viemos para pastar...
Brasileiro é assim mesmo, aparência humana, jeitinho Dolly e sorriso de palhaço...
Quanto as ações incentivadas pelos pregadores do dízimo há que se fazer uma verdadeira ponderação de interesses. De um lado há o indelével direito fundamental de ação com o "direito de ser explorado em sua fé" e de outro a liberdade de imprensa. Há de se levar em conta, não obstante, o "prazer do brasileiro ser depenado, ou melhor, tosqueado, valendo ressaltar ainda, que para fazer jus à uma indenização por danos morais deve haver um sentimento de dor profunda por parte do requerente que se diz prejudicado. E desde quando brasileiro não gosta de ser explorado em sua fé religiosa ou política? É bem verdade, que uma denúncia jornalística pode sim causar uma dor profunda, mas não a por mim trazida supra, mas a infra: "Dizem as "péssimas" linguas, que há um pastor barbudo, que de tanto atoxar no "ku" de suas ovelhas acabou perdendo justamente o dedo da ética, alejando-se de seu moral"... Isso sim deve causar uma dor profunda...

18 fevereiro, 2008

CPI no CTI? Depende da ótica...

Você, amigo leitor, tem ouvido falar na CPI das ONGS? Pois é, esta já foi criada à 5 meses e patavinas... Então saiu na folha:
"Com a promessa de que vai deslanchar, a CPI das ONGs marcou para depois de amanhã sua primeira reunião do ano para apreciar requerimentos de quebra de sigilos. Em entendimento prévio, no entanto, governistas e oposicionistas já definiram que o início dos trabalhos não vai se concentrar em casos que atinjam frontalmente os governos atual e anterior."A CPI precisa funcionar e não politizar tudo", disse o senador Raimundo Colombo (DEM-SC), presidente da CPI. "Mas o governo não poderá se omitir diante de um fato grave", completou. Na quarta-feira passada, Colombo reuniu-se com o relator da CPI, Inácio Arruda (PC do B-CE). No encontro, que contou com a presença de Sibá Machado (PT-AC) e Heráclito Fortes (DEM-PI), ficou definido que a comissão retomaria seus trabalhos "sem chutes na canela".
Em comento:
A ópera resumida é a seguinte: Distribuição de tampões oculares para todos. Se preferirem resumir-se-ia como mais um acordão pró da mantença do boi gordo que é a má versação do erário público, leia-se lavagem de dinheiro! Hoje é de conhecimento, o ótimo negócio que é dirigir uma ONG, principalmente se esta contar com um carinho especial do governo, e se sabe também o quão esquálido é seu fim não declarado. Sob a mácula do véu da "filantropia" e da "função social" o capitalismo ruge e se faz rei, e mostra sua vertente mais abjeta.
E para que serve a CPI se o que menos se quer é declarar a "crise institucional" do sistema? Explico. A CPI é a melhor forma de se negociar com o crime para dele se locupletar, serve também como engodo para opinão pública, além de ser uma arma para mídia corrompida e ainda enche os bolsos e bolsas e "malas" dos diversos parlamentares, da forma legal através dos extras remuneratórios e da ilegal com a venda do silêncio, se bem, que a bem da verdade, esse conceito hoje de legal e ilegal relativizou-se, o que pode ser ilegal para mim e para você, poderá ser extramamente legal para eles, se é que me fiz claro...
Como se percebe ONG e CPI são realmente dois "negócios da China", no Brasil...
E para findar e relaxar um pouquinho, deixo uma legítima conversa de botequim, que tive notícia entre uma rapaziada gente boa e antenada desse meu Brasil: Após o 5º ou 6º chopp, um dos seres gritou: "Só tem petista larápio na "porra" dessa mesa?" Quando levantou-se exaltado um outro ser e esbravejou: "Petista é o "cara(piiii)" eu sou é malufista, eu sou ético!"
Bom, dessa briga entre a besta e o cramulhão, eu me abstenho...

15 fevereiro, 2008

E agora Presidente... Vai encarar?

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para obter os dados sobre os gastos do gabinete pessoal do presidente Lula, que estão sob sigilo, afrontando a Constituição, mas especificamente o princípio da publicidade dos atos públicos.
A alegação por parte do governo, que venho de forma veemente taxando como esdrúxula, de que seriam gastos da segurança pessoal do presidente e por isso necessariamente sigilosos, parece ao que tudo indica, que será desmascarada, mesmo o STF sendo político por natureza...
O Jornal da Globo entrevistou ontem Celso de Mello, uma das cabeças mais privilegiadas do Supremo, considerado uma grande referência de ética e honradez do cenário jurídico nacional, que embora não tenha podido penetrar na seara meritória da questão, não se furtou a emitir um parecer oficioso, verbal e em tese:
“Eu não posso me pronunciar sobre o caso concreto, mas o STF tem aplicado o preceito da constituição federal que consagra a publicidade dos atos governamentais uma regra geral a ser sempre observada. A invocação da segurança nacional não pode ser um manto protetor de despesas administrativas, que devem estar permanentemente expostas ao público. O STF é fiel guardião da constituição. O que queremos é a plenitude de um regime de governo visível”.
Resta evidente e de uma clareza intangível a transparência idiotizada perpetrada para convencer desvalidos mentais. Há sim, indelével sonegação na prestação de contas por parte de Lula, que se esconde por trás do manto de um permissivo não existente para excutir o erário público com "arma branca"...
Virgílio, com essa atitude tomada em tempo, me fez vislumbrar dias de terror ao monstro da barba negra, isso, é claro, se o STF comportar-se de acordo com sua função precípua que é a de guarda da Constituição, não se deixando influenciar pelas indicações que foram feitas por parte do Sr. Presidente para a formação desta Corte Maior... Não é o momento de se cobrar favores Sr. Presidente, esse pelo menos é o desejo dos que querem criminosos longe do poder...
Particularmente acho que o caminho desse MS (Mandado de Segurança) será a improcedência por questão de Segurança Institucional... Nossa Corte Maior será mais política que nunca...
Surpreenda-me STF!!
Ainda em tempo venho aditar, com o fulcro de melhor esclarecer a nova cabeleira de Dirceu: Havia na crônica abaixo, referido-me ao uso do Cartão Corporativo pessoal e blindado do Lula como medida de segurança capilar de seu braço direito, ou seu dedo faltante, como queiram... Procurei melhores explicações e descobri enfim, a motivação nobre de nosso "excelentíssimo" Presidente, que alegou que cabeça vazia é o heliporto do crime, e por isso, por medida de Segurança Nacional pagamos todos a nova cabeleira do Sr. Dirceu...

13 fevereiro, 2008

Sem título...

Ao que tudo indica não ganhará corpo o acordo entre setores do PSDB e do governo para criar a CPI mista para investigar os gastos com cartões corporativos feitos pelo governo federal nos últimos dez anos, deixando de fora parentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O acerto, selado entre o autor do pedido de CPI na Câmara, Carlos Sampaio (PSDB-SP), e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que propôs a CPI exclusiva de senadores, foi levado a conhecimento de FHC pelo deputado José Aníbal (PSDB-SP).
“A proposta existiu e o acordo foi fechado, mas não vai sobreviver porque é eticamente indecente e politicamente desastroso”, resume o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA).
Segundo ele, o próprio Aníbal encarregou-se de alardear que fechara “um acordo muito bom para o partido” a um grupo de deputados da bancada goiana, reunidos na noite de segunda-feira na casa do senador Marconi Perillo (PSDB-GO).
Em comento:
Como se pode perceber estão tentando a requisição do caveirão para a CPI... Blindagem total para a "proteção" dos desvios de finalidade para com a verba pública... Uma espécie de "acordo de cavalheiros" impedindo as atoxadas mútuas de seus pares... Querem abortar o filho monstruoso, que nasceria de uma CPI sem cartas marcadas.
Possibilidades denotam-se excludentes entre si:
1. FHC possui telhado de vidro;
2. A oposição capitaneada pelo PSDB anda muito mal representada e estagiando com a situação práticas de má política...
Dessa história arquitetada pela base governista em que a incompetência de certos tucanos os transformaram em patinhos serviu para colocar um ponto de interrogação quanto a lisura da gestão FHC no que diz respeito aos cartões corporativos... Espera-se uma resposta corajosa e honrada por parte da tucanada para esse ensaio de conluio...
Ainda em tempo, trago o discurso de Lula em Macapá sobre cartões corporativos:
“Quando se trata de "cegurança", eu acho que o gasto é "cegredo" de Estado. Você não pode "diser" onde é a casa dos "ceguranças" do presidente, você não pode dizer onde que ele vai alugar um carro. Porque, se, você "diçer", fica muito fácil, quem "quizer" fazer a "desgrassa" faz a "desgrassa" por antecipação. Quando eu sair daqui, a "Presidéncia" continua. A "Presidencia" é uma instituição, e as pessoas precisam aprender a respeitar e a não "banalisar"”.
Em comento:
Já disse e repito "Ô subjetivismo da peste" Assim fica fácil, mete "tudo" como gasto de segurança e o portal da transparência fica para dar a idéia de transparência para que possamos cobrar os troxas dos Estados de governos "non gratos"...
Com esse sistema que vende a idéia de transparente mas é opaco como uma "porra" é possível saber o destino de apenas 11% dos gastos de emergência (cartões mais contas do Tipo B): dos R$ 177 milhões que foram para a cucuia no ano passado, o “sistema transparente” de Lula permite identificar com clareza apenas R$ 19,4 milhões. Os outros R$ 157,6 milhões... No modelo dito “não-transparente” de São Paulo, os deputados, incluindo os da oposição, têm acesso a 100%...
Em resumo:
Continuarão gozando com o pau do povo nessa democracia não participativa, graças ao povo, e as descobertas de falcatruas continuarão a surgir, pois é mais fácil de achá-las que roubar pirulito de criança, mas a total tendência da moda é a utilização do óleo de peróba como filtro, que ainda deixa um bronzeado super natural, que permite que o sol brilhe, queime, mas não mate ninguém...
PS: Mas cuidado, para você que não é político o sol pode causar câncer de pele e levar à morte...
E uma última informação, que corre à boca pequena é que o implante capilar de Dirceu se deu as custas de cartões corporativos, questão de segurança segundo o Lula... Segurança capilar... Parte dos 89% não declarados...

11 fevereiro, 2008

HIPÓCRITA É TU TATU!

Inicialmente, peço aos meus desde já queridos novos leitores para darem um confere nas duas crônicas infra que destacam em seus títulos o assunto cartões corporativos, após retornem à presente para uma maior contextualização opinativa.

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota à imprensa neste domingo (10) em que afirma que o partido sempre deve assumir "com vigor" a defesa da apuração de "todos e quaisquer" desmandos administrativos, defendendo "com firmeza" a investigação de fatos e a "punição de eventuais envolvidos em toda e qualquer conduta" que envolva a prática de atos ilegais ou de improbidade administrativa, "independentemente dos governos em que se verificarem". A nota foi aprovada pelo diretório nacional do PT, que se reuniu em Brasília no sábado (9). O mesmo tom já havia sido adotado pelo presidente da legenda, Ricardo Berzoini. Apesar de defender a punição dos envolvidos, o próprio PT divulgou nota, no sábado (9), de solidariedade à ex-ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que deixou seu cargo após denúncias de mau uso do cartão corporativo... Como de costume eternos solidários e incentivadores da política do crime. Segundo a nota divulgada pelo PT neste domingo, esta postura de ampla investigação deverá ser assumida nas denúncias que envolvem a utilização indevida de cartões corporativos no âmbito da administração pública e, também, "em quaisquer administrações estaduais e municipais nas quais existam indícios de utilização indevida de recursos públicos"."A utilização dos cartões corporativos deverá ser assim, auditada e investigada, em todas as unidades da federação que os adotem para pagamento de suas despesas, sem qualquer limitação temporal ou política, desde o momento da sua implantação. A adoção de mecanismos que impeçam abusos deverá ser defendida com vigor", acrescenta o documento aprovado pelo diretório nacional do PT. O PT acrescenta, porém, que deve denunciar a "ação demagógica e pseudomoralista" intentada por "setores reacionários" da vida política nacional, que "a todo preço, e com evidente má-fé e hipocrisia" procuram transformar esta questão em uma "gigantesca crise política" que desgaste a imagem do governo do presidente Lula perante a opinião pública."Se hoje a denúncia da má-utilização de cartões corporativos pode ser feita e apurada com transparência, isso se deve, em grande medida, ao fato de que a atual administração federal desenvolveu mecanismos republicanos de transparência nos gastos públicos e de correção de eventuais ilegalidades. Cabe ao PT, portanto, reafirmar a firme defesa da existência destes mecanismos, cujos limites devem ser admitidos apenas excepcionalmente nos casos em que a segurança do Estado ou a de seus dirigentes maiores assim o exija", conclui o PT em sua nota.
Cabe aqui uma observação seqüencial: "Limite de segurança do Estado ou de seus dirigentes maiores"? "O coisinha, subjetiva do pai", parodiando o sambinha de Beth...

Meu comento:
Demagogia? Má-fé? Hipocrisia? Será que refletiram-se nestes comentários? Será, que até para escrever um comunicado eles não conseguem se libertar desse grau exacerbado de egocentrismo? Será, que ao falarem dos outros não conseguem eles encontrar adjetivos que não lhes caibam?
E esse pseudomoralismo? À quem e a que eles se referem? Seriam aos crimes do PT e de seus mandatários? Será que a cobrança de punição aos criminosos de seu partido por roubo do dinheiro público encaixa-se na figura do pseudomoralismo ou na verdade conforme defendem alguns, na realidade, o "dinheiro público é dinheiro de ninguém"? É a nova "política do achado não é roubado agora é meu e uso como quero e você, leia-se nós, não tem nada haver com isso"? Será que exigir uma reacção à essa bandalheira, na leitura do diretório petista é ser reaccionário? Estará aí o significado, a eles peculiar, de pseudomoralismo...
Até quando eles farão a política da esmerdalhação, se debatendo para tentar respingar no todo e adjetivar o todo como pseudomoralistas por estarem contrários a impunidade sistêmica atual?
Lanço em contrapartida à política perpetrada pelo PT, a "política do desentupidor de privada", vai feder pro lado deles...

08 fevereiro, 2008

São Paulo... Cartões corporativos?

A ausência de higidez mental por parte da massa petista vem causando confusão aos mais desprovidos, porém de boa-fé, que no afã de despirem-se de parte da lama que os recobre por suas infelizes escolhas compram premissas e comparações que se afastam da realidade vilmente fabricada, que tentam lamear o todo para sentirem-se comparativamente menos sujos e mal cheirosos...
A última notícia lançada com base no desespero imoral petista fazendo o costumeiro uso da ingenuidade intelectual dos brasileiros, foi a de que o governo paulista teria gasto em 2007 cento e oito milhões com os cartões corporativos. Essa notícia plantada pelos petistas e trazida à baila pelo petralha Paulo Henrique Amorim carece de verossimilhança da forma que foi veiculada e embreaga-se de má-fé e irresponsabilidade!
Motivos:
1. Inexiste em São Paulo qualquer coisa remotamente parecida com os cartões corporativos. Nenhuma autoridade do governo dispõe de tal facilidade;
2. O cartão não é de crédito, mas de débito. Amorim sabe a diferença! Já os petistas...
3. Nestes cartões de débitos há uma previsão de despesas para cada área, e só então se liberam os recursos. Não é um saco sem fundo;
4. Passados 30 dias, se o dinheiro autorizado não foi gasto, volta para o Tesouro, e nova previsão precisa ser feita;
5. Cada cartão tem um gestor, que responde pelo seu uso perante o Tribunal de Contas do Estado.
Mas há sim um fato, que não se pode negar ou afastar-se, sob pena de falta de isenção em meus comentários. A transparência que existe quanto aos cartões corporativos em nível federal com o portal, que nos possibilitou comprovar os crimes do PT com o dinheiro público, não há nos cartões de débitos do governo paulista, que necessita de senha para ter acesso, que se torna privilegiado, excludente da massa, anti-democrático...
Por isso, inverdades não podem prosperar, mas transparência é fundamental! A resenha da história é que não ponho minha mão no fogo por político ou partido nenhum... Para bom entendedor...
Deixo aqui uma proposta esclarecedora e transparente: Por que Lula e Serra não abrem seus gastos secretos? Até porque o que é secreto nunca me cheira muito bem... É ruím hem... rs

07 fevereiro, 2008

A folia da compra de votos e os costumes de um povo...

Carnaval no Rio? Na Bahia? Não! Carnaval é em Brasília! É lá que temos folia o ano inteiro com o dinheiro público...
E por falar em carnaval, o que vocês acharam da vitória da Beija-Flor? Alguma surpresa? rs
A liga das escolas de samba do grupo especial, após a denúncia ser veiculada na mídia do escândalo da compra do carnaval por parte da Beija-Flor, leia-se Globo, havia anunciado a completa reformulação da comissão de júri para o carnaval desse ano, porém no frigir dos ovos, 70% dos jurados foram mantidos, tendo havido tão apenas a substituição que se tem por costumeira ano a ano, de 30% dos jurados, leia-se, dos não corrompíveis...
Mas falar o que? Os brasileiros não apoiam a compra de votos?...
A Globo está para os jurados assim como o Governo Federal está para os brasileiros... E assim o combate a corrupção e a impunidade penetram cada vez mais no amplo rol de ideais utópicos...
A gestão incompetente da corrupção confere a oportunidade para o povo conhecê-la e ignorá-la, e assim a impunidade perseverar por rios em nada revoltos...